Gigante do varejo expande atuação no Brasil e pressiona ainda mais Magazine Luiza

Entenda como uma recente expansão do AliExpress, gigante chinesa do varejo, pode colocar o Magazine Luiza em uma situação ainda mais delicada


Nesta semana, o AlieExpress, varejista chinesa que é uma das maiores quando o assunto é venda on-line, expandiu ainda mais sua participação no mercado brasileiro, pressionando e colocando numa situação ainda mais delicada o Magazine Luiza e outras empresas brasileiras.

A partir de agora, grandes marcas brasileiras de fabricação vão passar a oferecer seus produtos dentro do marketplace do AliExpress, estratégia adotada recentemente também pela Shopee.

Entenda melhor como isso vai acontecer e o que significa na prática para os consumidores e clientes da varejista chinesa.

AliExpress abrindo as portas para o Brasil

A venda de produtos brasileiros no AliExpress não é nenhuma novidade: vendedores brasileiros já têm permissão para vender no marketplace da varejista chinesa desde agosto de 2021.

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A grande diferença agora é que grandes marcas vão poder vender diretamente na plataforma, abrindo um canal de comunicação direto com os consumidores. Grandes marcas, como Pedigree, Whiskas, Mamypoko, Chicco, Procter & Gamble e Waaw já estão presentes na plataforma.

No comunicado oficial de anúncio da novidade, o AliExpress afirmou o seguinte: “Na prática, esta solução elimina custos comuns no varejo, como o sobrepreço cobrado por revendedores, o que permite ao usuário final acessar os itens que deseja pelos menores preços“.

Ou seja, os produtos tendem a ficar mais baratos com essa mudança, já que o consumidor fará a compra “diretamente” com a marca, cortando em parte os valores a mais que eventualmente seriam cobrados caso a compra fosse feita em outra loja. Além disso, o produto torna-se mais acessível também pela logística de entrega do AliExpress, que oferece frete grátis para milhares de produtos.

De acordo com o diretor comercial do AliExpress, Rodrigo Rezende, ainda mais empresas devem passar a vender seus produtos na plataforma, especialmente dos setores de moda, beleza, comida, itens para casa e brinquedos.

Com isso, clientes da varejista vão poder encontrar não apenas produtos importados, de difícil acesso no Brasil, mas também produtos nacionais, de marcas já conhecidas pelos brasileiros.

Varejistas brasileiros em risco?

Essa expansão do grupo chinês Alibaba, proprietário tanto do AliExpress quanto do serviço de entregas Cainiao, pressionam ainda mais o setor de varejo brasileiro, que já vem sofrendo bastante nos últimos anos.

Nos últimos cinco dias, as ações do Magazine Luiza, por exemplo, caíram de R$ 4,96 para R$ 4,07 na tarde desta quinta-feira, 20 de outubro, uma queda de 17,94%. Quando olhamos por um panorama maior, a situação é ainda mais delicada: em julho de 2021, as ações da Magalu estavam em R$ 23,90, uma queda de 82,8%.

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Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.