Na noite da última segunda-feira (21/06), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou reajustes nos valores das bandeiras tarifárias, sistema que prevê cobrança extra na conta de luz quando o custo de produção de energia fica mais alto.
Com os aumentos aprovados pela Aneel, a maior alta será no valor da bandeira vermelha patamar 1, que ficará 63,7% mais cara. A única bandeira que não sofreu reajuste é a bandeira verde, que segue sem cobrança adicional.
Os novos valores das bandeiras tarifárias passam a valer a partir de 1º de julho e serão válidos até meados de 2023. A seguir, veja mais detalhes sobre os reajustes.
Quais os novos valores da cobrança extra na conta de luz?
Com o reajuste aprovado pela Aneel, os novos valores das bandeiras tarifárias são os seguintes:
- Bandeira Verde: segue sem cobrança extra;
- Bandeira Amarela: passou de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh, alta de 59,5%;
- Vermelha patamar 1: passou de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%;
- Vermelha patamar 2: passou de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh, alta de 3,2%.
Enquanto isso, a bandeira “escassez hídrica” não passou por atualizações porque foi excepcional e temporária. Ou seja, quando a sua cobrança se encerrou em abril, ela foi extinta.
O reajuste nos valores das bandeiras tarifárias acontece todos os anos, e segundo a Aneel foi necessário para incluir alguns parâmetros no cálculo.
Conta de luz vai ficar mais cara?
Por enquanto, o reajuste não deve causar aumentos no valor da conta de luz. Isso porque atualmente está em vigor a bandeira verde, o que não gera cobrança extra na tarifa.
Segundo a Aneel, a tendência é que a bandeira verde continue em vigor até o final do ano, por conta da recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. Ou seja, até o final de 2022 é provável que os reajustes não deixem a tarifa mais cara.
No entanto, a cobrança extra pode voltar a partir de 2023, dependendo do custo para produção de energia.
Felipe Matozo
Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.