Auxílio Emergencial vai ser estendido até setembro – Saiba quem vai receber
Mais uma prorrogação do auxílio emergencial está à vista do Governo Federal. O benefício vai ser estendido por dois a três meses, podendo durar até setembro ou outubro deste ano. É esperado que os valores das parcelas continuem os mesmos que são pagos atualmente, com a média de R$250,00.
De acordo com conversas de bastidores, averiguadas por jornalistas do G1 e do Poder 360, a ideia é que o auxílio emergencial seja pago aos mais vulneráveis enquanto não há vacina contra a covid19 para toda a população.
Esse é o motivo do auxílio ser pago até setembro: diversos governadores já anunciaram que devem imunizar a população adulta de seus estados até este mês. Esse é o caso dos governadores João Doria e Eduardo Leite, de São Paulo e do Rio Grande do Sul respectivamente.
Nesta terça-feira, o Ministro da Economia, Paulo Guedes confirmou a prorrogação durante a participação em um evento.
Os governadores estão dizendo que, em dois ou três meses, a população brasileira adulta vai estar toda vacinada. Então, nós vamos renovar por dois ou três meses o auxílio, e logo depois entra, então, o novo Bolsa Família, já reforçado”, afirmou Guedes.
Auxílio Emergencial e outros benefícios sociais
A continuação do auxílio emergencial é apenas uma das medidas previstas pelo Governo Federal para atender a população ainda neste ano. O Ministro da Cidadania João Roma deve reformular o Bolsa Família e criar um programa social que vai servir para alavancar a eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022. Essas novas medidas devem ser aplicadas ainda neste ano.
Além disso, o Governo estuda lançar um programa voltado para a qualificação de jovens que não estudam ou trabalham. Ele funcionaria prestando incentivo para que as empresas contratem pessoas dessa faixa etária, que estão deslocadas do mercado de trabalho.
Por fim, outra ação do Planalto está relacionada com o Benefício de Prestação Continuada, o BPC. Esse auxílio paga um salário mínimo mensal a deficientes e idosos com 65 anos ou mais, que comprovem que não existe como eles serem responsáveis pela própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. O Governo Federal quer incentivar a população que recebe o BPC a retornar ao mercado de trabalho. Se o cidadão conseguir um emprego, ele continuará recebendo metade do valor do benefício.
O governo ainda precisa que o Congresso Nacional autorize o desenvolvimento desses programas, por conta do Teto de Gastos.
Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que não concorda com a prorrogação do auxílio emergencial, por exemplo. Ele defende a criação de um novo Bolsa Família.
Que seja um programa que venha com a inclusão social, no programa novo você poderia fazer com que o cidadão que almeje melhorar a renda, se entrar no mercado de trabalho e depois perder o emprego, possa voltar ao programa ”, disse Lira.
Pagamento da terceira fase do auxílio
A terceira fase do auxílio emergencial vai começar a ser paga no dia 17 de junho para os beneficiários do Bolsa Família. O público em geral vai começar a receber a terceira cota no dia 20 de junho.
Para os beneficiários do Bolsa Família, os pagamentos vão até 30 de junho. Já para o restante da população, o prazo é 21 de julho.
Os valores das parcelas podem ser de:
- R$150,00 para famílias de uma pessoa;
- R$250,00 para famílias a partir de 2 pessoas;
- R$375,00 para famílias monoparentais chefiadas por mulheres.
Confira as regras para receber o auxílio:
- A renda per capita da família não pode ultrapassar meio salário mínimo;
- A renda total da família deve ser de até três salários mínimos;
- Apenas uma cota será paga por família;
- É preciso ter mais de 18 anos;
- Não é permitido ter emprego formal;
- Não é permitido ter tido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 ou rendimentos isentos acima de R$ 40 mil em 2019;
- Não é permitido ser dono de bens com valor estimado em mais de R$ 300 mil até o fim de 2019;
- Residentes médicos, multiprofissionais, beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e similares não podem participar;
- Brasileiros que receberam qualquer tipo de benefício previdenciário, assistencial ou trabalhista ou de transferência de renda do governo em 2020, com exceção do Bolsa Família e abono salarial não podem receber o auxílio emergencial.
Fontes: G1,Poder 360 e Valor Investe