BC revela principal vilão do endividamento no Brasil; saiba como se prevenir
No Brasil, milhões de famílias estão com dificuldades para pagar as contas. Saiba quem é o principal vilão do endividamento, segundo o BC.
De acordo o Banco Central (BC), o rotativo do cartão de crédito é o principal vilão do endividamento no Brasil. Isso porque a modalidade atingiu o maior nível em novos empréstimos desde 2014 nos seis primeiros meses deste ano.
Em linhas gerais, a pesquisa do BC evidencia que está cada vez mais difícil para o trabalhador brasileiro manter as contas em dia. Continue lendo para saber os detalhes.
Banco Central aponta o principal vilão do endividamento entre brasileiros
Nos primeiros seis meses de 2022, as dívidas no rotativo do cartão de crédito atingiram o valor de R$ 159,3 bilhões, que é o maior desde que a pesquisa começou a realizada pelo Banco Central, no ano de 2014.
O rotativo do cartão de crédito consiste em uma modalidade de empréstimo que é feita quando o consumidor não consegue realizar o pagamento da fatura do cartão dentro do prazo previsto. Isso evidencia que está cada vez mais difícil para o trabalhador conseguir manter as contas em dia, considerando que a inflação está elevada e o também a taxa de desemprego no país.
A pesquisa realizada pelo Banco Central também coloca em evidência a renda domiciliar no menor nível desde 2012.
De acordo com Carlos Caixeta, economista e membro do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), o aumento do endividamento dos brasileiros é um dos resultados da alta da inflação, que por sua vez é consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia.
O estudo do BC revela que o rendimento médio mensal domiciliar por pessoa caiu 6,9% em 2021 e passou de R$ 1.454 em 2020 para R$ 1.353, menor valor da série histórica, iniciada em 2012, pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e divulgada recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), revela que 29% das famílias brasileiras contavam com algum tipo de conta ou dívida atrasada em julho.
Esse é o maior percentual de inadimplência registrado desde 2010, quando começou a apuração mensal do indicador.
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