Bolsonaro volta a prometer algo que não cumpriu durante mandato; entenda
Bolsonaro fez uma promessa ousada e otimista em 2018 a respeito da correção da Tabela do Imposto de Renda; em 2022, promessa volta à tona...
Na última terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer uma promessa que já havia feito em 2018: corrigir a tabela do Imposto de Renda.
Nas eleições de 2018, Bolsonaro afirmou que, caso fosse eleito, isentaria todos os brasileiros que ganhassem até cinco salários mínimos de pagarem o Imposto de Renda. Acima desse valor, seria cobrada uma alíquota única de 20%.
Na época, ele chegou a chamar a proposta, que partiu do seu ministro da economia, Paulo Guedes, de “ousada”.
Bolsonaro usou a crise sanitária como justificativa para não ter colocado em prática a correção: “Havia um compromisso nosso de mexer na tabela. Buscar uma atualização. Veio a pandemia. Aí foi uma desgraça para a gente… Assim como muitas coisas, eu não consegui botar para a frente“, afirmou.
Bolsonaro volta a prometer correção da tabela do Imposto de Renda
Como promessa antecipada de campanha para as eleições de 2022, Bolsonaro voltou a prometer que, caso eleito, vai corrigir a tabela do Imposto de Renda. Segundo ele, a medida de correção já está alinhada com o Ministério da Economia e deve ser colocada em prática já em 2023.
Dessa vez, porém, Bolsonaro não mencionou quais mudanças seriam feitas na tabela do Imposto de Renda.
“Já está conversado com o Paulo Guedes. Vai ter atualização da tabela do imposto de renda para o próximo ano. Está garantido já. Não sei o percentual ainda, mas vamos começar a recuperar isso daí”, afirmou o presidente.
É possível que a promessa de isenção para pessoas que recebem até 5 salários mínimos não seja mantida. Em 2019, Bolsonaro afirmou que a isenção passaria a ser para quem recebe até R$ 3.000.
Tabela não é atualizada há sete anos
A tabela do Imposto de Renda já não é atualizada há sete anos, não havendo portanto nenhum reajuste nas faixas salariais de tributação ou nas deduções (como descontos por gastos com educação, por exemplo).
Estudos mostram que, caso houvesse uma correção da tabela do Imposto de Renda levando em consideração a inflação acumulada e ainda não repassada, cerca de 24 milhões de brasileiros ficariam isentos do Imposto de Renda.
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