Conta de luz continuará com bandeira vermelha até o final de julho: saiba quanto você vai pagar


Na última sexta-feira (25/06), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que a conta de luz continuará na bandeira vermelha 2 em julho. Este é o patamar mais alto das bandeiras tarifárias, e já está em vigor desde o início de junho.

Mas mesmo com a bandeira seguindo no mesmo patamar, é possível que energia elétrica fique ainda mais cara. Isso porque a diretoria da Aneel ainda irá se reunir na terça-feira (29) para definir o valor da taxa extra.

De acordo com André Pepitone, diretor-geral da Aneel, o aumento no valor da bandeira vermelha 2 deve ser superior a 20%. O principal motivo para o reajuste é a atual crise hídrica que o país enfrenta, considerada a pior nos últimos 91 anos.

conta de luz julho
Conta de luz continuará com a bandeira vermelha 2 em julho. Foto: Reprodução/Canva

Os baixos índices de chuva nos últimos meses fizeram o nível dos reservatórios baixar severamente. Nas usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de geração de energia do Brasil, o nível esperado para novembro é o menor em 20 anos.

Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN [Sistema Interligado Nacional] em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos”, explicou em nota a agência.

Com os reservatórios em níveis críticos, que podem chegar a apenas 10% em novembro, é preciso acionar as usinas termelétricas com mais frequência. Mas além de mais poluentes, estas usinas também são mais caras, o que explica a manutenção da bandeira vermelha 2 na conta de luz pelo menos até o final de julho.

Vale lembrar que as bandeiras tarifárias servem para repassar o aumento no custo da geração de energia aos consumidores.

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Conta de luz em julho: quanto você vai pagar?

A tarifa de energia elétrica varia bastante de uma região para outra, pois as empresas distribuidoras são diferentes em cada estado, de modo que os valores cobrados por kWh também são distintos.

Segundo o Ranking de Tarifa Residencial da Aneel, os estados com as tarifas médias mais caras são Pará (0,703 R$/kWh) e Rio de Janeiro (0,702 R$/kWh). Enquanto isso, Amapá (0,505 R$/kWh) e Santa Catarina (0,509 R$/kWh) têm as médias mais baixas do país.

Mas é importante destacar que estes valores correspondem à tarifa convencional, sem considerar as sobretaxas referentes às bandeiras tarifárias.

Em relação aos valores das bandeiras, atualmente eles são os seguintes:

  • Bandeira Verde – sem cobrança extra;
  • Bandeira Amarela – taxa de R$ 1,34 para cada 100 kWh;
  • Bandeira Vermelha patamar 1 – taxa de R$ 4,16 para cada 100 kWh;
  • Bandeira Vermelha patamar 2 – taxa de R$ 6,24 para cada 100 kWh.

Entretanto, conforme já informamos aqui, a tendência é que o valor das bandeiras tarifárias suba a partir de julho, fazendo a conta de luz ficar ainda mais cara.

Como o aumento estimado é de mais de 20%, a bandeira vermelha 2 pode passar de R$ 7,50 a cada 100 kWh. A expectativa é que a Aneel informe os valores para o próximo mês durante a semana.

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Dicas para economizar na fatura de energia

Com a conta de luz cada vez mais cara, o jeito é encontrar maneiras de economizar para conseguir manter as faturas em dia. Por conta disso, vale a pena relembrar os aparelhos que mais gastam energia elétrica em casa.

  • Chuveiro Elétrico – Talvez este seja o vilão das contas de luz mais conhecido entre os brasileiros. Os chuveiros consomem bastante energia para aquecer a água, e o ideal é evitar as temperaturas mais altas. Sabemos que para quem mora em regiões mais frias essa é uma tarefa difícil, mas em dias quentes é bom deixar a água em temperatura ambiente;
  • Ferro de passar – Pode não parecer, mas este é um aparelho que capricha no consumo. Para economizar, é importante evitar que ele precise ficar esquentando água, e passar todas as peças de uma só vez. Além disso, vale considerar deixar uma ou outra peça de roupa sem passar, convenhamos;
  • Geladeira – É óbvio que não dá para simplesmente tirar a geladeira da tomada para economizar, mas evitar ao máximo abrir e fechar a porta já faz diferença;
  • Ar condicionado – Assim como no caso do chuveiro, é importante evitar temperaturas “extremas” para que o ar condicionado consuma menos energia. O indicado para ambientes de baixa circulação é manter o aparelho entre 22 ºC e 26°C.

Fonte: G1 e Aneel.

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.