Diesel sofre reajuste de 8,87% e vai ficar mais caro a partir desta terça (10)

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) que haverá reajuste de 8,87% no preço do diesel. Saiba os detalhes do aumento.


Nesta segunda-feira (9), a Petrobras anunciou que haverá novo reajuste no preço do diesel para as distribuidoras e, com isso, preço médio deixará de ser de R$ 4,51 e passará a ser de R$ 4,91.

O aumento de 8,87% do combustível começará a valer já a partir da terça-feira, dia 10 de maio.

Nesta matéria do NoDetalhe, você fica sabendo qual o motivo por trás do reajuste do diesel e como esse reajuste afeta o bolso do consumidor. Confira!

Qual o motivo por trás do reajuste do diesel?

Diesel sofre reajuste de 8,87% e vai ficar mais caro a partir desta terça (10)
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (9) que haverá reajuste de 8,87% no preço do diesel. Saiba os detalhes do aumento. (Imagem: Pexels/Divulgação)

Quando a Petrobras anunciou, por meio de nota oficial, reajuste no preço do diesel ainda nesta segunda-feira, a empresa de petróleo apontou que o diesel não sofria alteração no preço desde o dia 11 de março, contabilizando um total de 60 dias.

Conforme divulgado pela empresa, o diesel já acumula no ano alta de 47% nas refinarias da Petrobras com esse novo reajuste.

De acordo com dados da Abicom, que é a empresa que representa as importadoras, apontam que na sexta-feira (6) a defasagem média do diesel estava em 21% (R$ 1,27 por litro) e da gasolina, em 17% (R$ 0,78 por litro). O Relatório da Modal reforçou que há risco de novos reajustes por conta do aumento constante dessas defasagens.

A Petrobras ainda afirmou que está considerando aderir à mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos.

A partir do momento em que aderir a essa mistura, o valor que o consumidor paga à empresa passará de R$ 4,06, em média, para R$ 4,42 a cada litro vendido na bomba.

O reajuste foi realizado enquanto as cotações de diesel e gasolina apresentavam defasagem em relação à paridade internacional, com a diferença em -27% para o primeiro e -22% para o segundo, conforme avaliação do Itaú BBA, na última sexta-feira.

Convém observar que os preços internacionais do petróleo acumularam alta de quase 4%, com o barril do Brent se mantendo acima de US$ 110.

Em nota oficial, a Petrobras reforça que: “(…) nossas refinarias já estão operando próximo do seu nível máximo (fator de utilização de 93% no início de maio), considerando as condições adequadas de segurança e de rentabilidade, e que o refino nacional não tem capacidade para atender toda a demanda do país. Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores.”

Como o reajuste do diesel afeta os consumidores?

Entre as dúvidas que podem surgir em relação ao aumento do preço do diesel é se o preço do gás de cozinha e da gasolina também deverão aumentar. A resposta para essa pergunta é não, os preços destes insumos não devem acompanhar a alta do diesel.

Sobre o preço da gasolina, devemos comentar que ele subiu pela quarta semana seguida, na segunda passada. Em meio a isso, o preço da gasolina acabou voltando a marcar um novo recorde nos postos de combustíveis do país, em conformidade com dados da própria Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com isso, o preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 7,295 nesta semana, o que representa uma alta de 0,16% em relação ao levantamento anteriormente feito pela Agência.

Esse é o maior valor nominal pago pelos consumidores desde o ano de 2004, quando a ANP começou a fazer levantamento semanal de preços.

Além de evidenciar a alta no preço da gasolina, o levantamento da ANP apontou para uma alta no preço do preço do diesel. Na semana, o valor combustível nos postos registrou um avanço de 0,30%, para R$ 6,630 o litro.

Veja também: Auxílio Brasil tem mais de 1 milhão de famílias na fila; é possível agilizar o processo?

Redatora WebGo Content e bacharelanda em Comunicação Organizacional na UTFPR.