Marmita é a opção de muitos brasileiros para driblar a alta dos preços e economizar
Inflação corrói o poder de compra dos brasileiros e trabalhadores preferem levar marmita de casa como opção para economizar.
Diante de uma inflação alta que faz o orçamento do brasileiro ficar cada vez mais apertado, a marmita se tornou a opção da maioria dos trabalhadores para economizar.
Segundo uma pesquisa da consultoria Galunion divulgada ao G1, 6 em cada 10 brasileiros preferem levar marmita de casa para o trabalho.
No entanto, até mesmo a opção mais barata está encarecendo. Isso porque dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a alta mais intensa dos alimentos para consumo em casa pressionou a inflação do grupo de “alimentação e bebidas” no último mês de fevereiro.
O que diz a pesquisa sobre alimentação no trabalho?
De acordo com o levantamento realizado entre os dias 11 e 17 de fevereiro, 60% dos brasileiros que trabalham em escritório preferem levar marmita para o trabalho. O índice é o mesmo da pesquisa anterior, que aconteceu entre julho e agosto de 2021.
Enquanto isso, uma em cada três pessoas preferem pedir delivery e comer no trabalho. Segundo a pesquisa, apenas 30% dos trabalhadores optam por comer em restaurantes, enquanto 28% comem no refeitório da empresa.
Conforme explicou a especialista em inteligência de mercada na Galunion, Nathália Royo, a situação muda conforme a classe social do trabalhador.
Isso porque, enquanto a maioria dos entrevistados que pertencem à classe C pretende reduzir os gastos com alimentação fora de casa nos próximos seis meses, 49% dos consumidores da classe A dizem que devem manter os gastos atuais.
Além disso, a pesquisa também mostrou que os trabalhadores da classe C saem menos para comer fora e pedem menos delivery na hora do almoço do que os das classes A/B.
Apesar de ser opção para economizar, marmita também fica mais cara
Mas, mesmo que o trabalhador vá mais ao mercado e menos a restaurantes, não há como fugir das altas nos preço de alimentos.
Afinal, entre os produtos que mais subiram em fevereiro, algumas das maiores altas está no grupo de alimentos, segundo o IBGE.
No acumulado de 12 meses, por exemplo, principal destaque negativo da lista é a cenoura, que ficou 83,42% mais cara no período. Além disso, itens como mandioca (alta de 46,23%), açúcar refinado (43,77%) e pepino (39,09) também subiram significativamente em 12 meses, pressionando a inflação.
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