É isso que beneficiários do Auxílio Brasil PENSAM DO EMPRÉSTIMO consignado
Pesquisa mostra qual é o interesse dos beneficiários do Auxílio Brasil na nova modalidade de empréstimo consignado para este grupo.
Apesar de ainda não estar liberado para contratação, a modalidade de empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil é uma das apostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) para as eleições.
No entanto, um levantamento do Ipespe mostra que o interesse neste tipo de crédito entre os participantes do programa é baixo. A seguir, veja quais são os números indicados pela pesquisa.
Qual o interesse dos beneficiários do Auxílio Brasil no consignado?
Segundo a pesquisa Ipespe divulgada nesta quarta-feira (31/08), sete em cada dez beneficiários do Auxílio Brasil não pretendem contratar o empréstimo consignado.
O levantamento indica que 69% dos participantes do programa não têm interesse na medida. Enquanto isso, apenas 18% dizem pretendem contratar o crédito ou que alguém de sua casa deve optar pelo consignado.
Além disso, a pesquisa também revela que a maioria dos beneficiários do Auxílio Brasil sabem sobre a liberação do empréstimo. Ao todo, 63% se dizem informados sobre a medida, enquanto 37% não sabem do que se trata.
Conforme nós já explicamos aqui, o consignado do Auxílio Brasil permite que beneficiários contratem empréstimos com descontos automáticos na parcela do benefício.
Pela lei, os participantes podem comprometer até 40% do benefício para pagamento do empréstimo. Mas o valor levado em consideração é o auxílio de R$ 400, pois o de R$ 600 é temporário, vale só até o final deste ano.
Empréstimo para beneficiários é alvo de críticas
Desde que foi anunciada, a proposta de liberar empréstimo consignado vinculado ao Auxílio Brasil vêm recebendo muitas críticas. Isso porque especialistas afirmam que ela tem um potencial de aumentar o endividamento de famílias pobres.
Uma das questões que mais preocupa especialista é a falta de educação financeira para boa parte da população. Com isso, o assédio de instituições contra beneficiários para oferecer o empréstimo pode ser prejudicial.
Para Ione Amorim, coordenadora do programa de serviços financeiros do Idec, a medida serve para dar mais dinheiro aos bancos às custas do endividamento dos mais pobres.