O que é a Moeda Única defendida tanto por Lula quanto por Paulo Guedes?

Lula e Paulo Guedes defendem a implementação da "moeda única". Saiba o que é a Moeda Única e por que eles a defendem.


O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, defendem a implementação da chamada “moeda única”.

Porém, especialistas em economia afirmam que essa implementação é inviável, já que a realidade dos países latino-americanos está distante da ideal para implementar esse tipo de moeda.

Nesta matéria do NoDetalhe, você fica sabendo o que é a Moeda Única defendida por Lula e Paulo Guedes e por que eles defendem que a moeda seja implementada na América Latina. Confira!

O que é a Moeda Única defendida por Lula e Paulo Guedes?

Lula e Paulo Guedes defendem a implementação da "moeda única". Saiba o que é a Moeda Única e por que eles a defendem
Lula e Paulo Guedes defendem a implementação da “moeda única”. Saiba o que é a Moeda Única e por que eles a defendem

A moeda única que Lula e Paulo Guedes defendem seria um tipo de moeda baseada no euro, que substituiu a moeda de vários países da União Europeia por apenas uma, sendo comum a todos e contendo plenas funções monetárias.

No caso, a moeda única defendida por Lula e Guedes deveria ser a moeda que iria substituir o real (Brasil), peso (Argentina) e bolívar (Venezuela) para facilitar para transações comerciais dentro e fora das fronteiras dos países da América Latina.

No entanto, especialistas em economia afirmam que não faz sentido implementar uma moeda única entre os países da América Latina, assim como também não faz sentido criar uma única moeda para circular no Mercosul. Isso porque a moeda brasileira é considerada como sendo mais estável do que a moeda argentina, por exemplo.

De modo geral, especialistas afirmam que o bloco econômico do Mercosul não possui a mesma maturidade do bloco econômico da União Europeia, o que tenderia a trazer mais riscos do que resultados positivos para os países latino-americanos, que ainda têm aspectos econômicos muito diferentes.

O cenário da América Latina é muito distinta do cenário dos países da União Europeia, quando o euro foi implementado, porque ali havia uma integridade e proximidade econômica, o que tornou o processo viável e bastante assertivo.

Para pensar na implementação da moeda única, é importante considerar, como colocam especialistas, que o euro entrou em vigor no dia primeiro de janeiro de 1999 e está presente em 19 países como moeda oficial.

No entanto, nem todos os membros da União Europeia optaram por utilizar o euro como moeda oficial, justamente porque reconhecem que não têm a estrutura econômica para integrar a zona do euro, como é o caso da Bulgária e a Croácia.

Por que Lula e Paulo Guedes defendem a Moeda Única?

Para figuras como Lula e Guedes, a adoção de uma política monetária unificada em diferentes países tende a resultar em uma maior eficiência, aumentando assim o potencial de crescimento dos mercado envolvidos. A implementação da moeda única, de acordo com o Banco Central Europeu (BCE), pode facilitar as trocas comerciais entre empresas de países diferentes.

Com isso, é possível melhorar o desempenho econômico dos países envolvidos, além de haver a possibilidade de uma maior escolha e mais oportunidades para aqueles que atuam como consumidores. A implementação de uma moeda comum aos países também facilita que os cidadãos tenham a possibilidade de trabalhar, negociar, viajar, estudar e viver entre esses lugares com maior tranquilidade financeira.

Embora especialistas estejam de acordo com os benefícios que a adoção de uma política como essa, a moeda única é tratada com ceticismo. Esse tratamento se deve ao que comentamos anteriormente, a respeito das diferenças econômicas dos países que integram a América Latina.

Em meio a esse cenário de discussões, alguns analistas dão crédito ao sistema de criptomoedas, que têm crescido nos últimos tempos, com as sanções implementadas contra a Rússia depois da invasão da Ucrânia, fazendo com que os mercados buscassem alternativas para não mais dependerem do dólar.

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Redatora WebGo Content e bacharelanda em Comunicação Organizacional na UTFPR.