Alvo de ladrões: pra que serve o PÓ DE CATALISADOR e por que vale tanto?

Felipe Matozo

05/04/2023

Nos últimos anos, uma parte bem específica dos carros virou alvo de ladrões em diferentes partes do mundo: o catalisador, que tem um “pó” valioso.

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Na verdade, não são apenas ladrões que tentam lucrar com o pó de catalisador. Em alguns casos, mecânicos mal-intencionados sugerem a troca deste equipamento sem necessidade para vender no mercado paralelo.

Alvo de ladrões: pra que serve o PÓ DE CATALISADOR e por que vale tanto?

Entenda por que o pó do catalisador vem chamando a atenção de bandidos.

Mas por que isso acontece? Para entender melhor este interesse de criminosos em catalisadores, continue acompanhando o texto abaixo.

Por que roubam o pó do catalisador?

O catalisador é um componente que vem chamando a atenção de ladrões porque conta com metais nobres e raros em sua composição.

Dessa forma, o pó do catalisador pode valer muito dinheiro, o que fez aumentar o número de ocorrências de roubo deste componente nos últimos anos.

Entre os metais presentes na composição do catalisador, estão alguns dos mais caros do mundo, como platina, paládio e ródio. Para se ter uma ideia, alguns deste metais chegam a valer mais do que ouro.

Por isso, bandidos roubam catalisadores de carros para retirar estes metais nobres e raros. Afinal, mesmo que a quantidade de cada metal na composição seja muito pequena, o preço por grama é alto.

Atualmente (abril de 2023), o valor do paládio, por exemplo, está 1.469,00 dólares por onça. Cada onça equivale a aproximadamente 29 gramas.

Enquanto isso, a platina, outro metal nobre presente no catalisador, está avaliada em 1.023,15 dólares por onça.

Qual a quantidade destes metais no pó do catalisador?

Cada catalisador tem cerca de 1,89 grama de platina, 0,29 gramas de paládio e 0,10 gramas de ródio.

Conforme já destacamos, são quantias baixas, mas cada grama é valiosa, e por isso os roubos de catalisadores aumentaram nos últimos anos, e o componente acaba sendo vendido no mercado paralelo (mercado ilegal).

Além disso, os motoristas também precisam ter atenção com oficinas que tentam “empurrar” a troca do catalisador. Afinal, também existem profissionais que se aproveitam desta situação para ganhar dinheiro com os metais preciosos.

Quando preciso trocar o catalisador?

Na hora de fazer a manutenção do seu carro, fique atento com pressões para troca do catalisador. De modo geral, o catalisador original de fábrica dura cerca de cinco anos ou 80 mil km.

Mas cabe destacar que o catalisador pode permanecer em boas condições para muito além deste prazo, dependendo do nível de conservação do carro.

Por isso, é importante conferir se o veículo já atingiu essa quilometragem mínima e se a peça não tem reparo, caso a oficina sugira a troca.

Além disso, para que você saiba se realmente há algum problema no catalisador, vale a pena conhecer os sinais de que ele pode estar com problemas.

Para saber se o catalisador pode estar com problemas, você deve observar se o seu carro vem sofrendo perda de potência, pois este é um sinal de danos no componente.

Normalmente, o que danifica o catalisador é o uso de combustível adulterado. Outras situações que também geram problemas no componente é o uso de óleos lubrificantes incompatíveis com o motor.

Mas também é importante ter em mente que a perda de potência pode estar ligada a outros erros que motoristas cometem e danificam o veículo.

Mas o que é o catalisador?

O catalisador é um componente que ajuda a reduzir emissões de poluentes. Afinal, ele neutraliza gases poluentes em compostos seguros para serem liberados na atmosfera enquanto o carro está ligado.

Os metais raros que tornaram o catalisador um alvo de ladrões produzem uma reação química antes de liberar os gases na atmosfera.

Este componente fica dentro de uma cápsula feita de aço inoxidável, peça composta por uma colmeia cerâmica onde estão os metais em questão.

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Felipe Matozo
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Felipe Matozo

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.