Primeira música tocada no espaço foi uma NATALINA! Conheça a impressionante história…
22/12/2022
Você sabia que a primeira música tocada no espaço foi um clássico de Natal? Para conhecer esta história, precisamos voltar para a década de 1960.
Qual foi a primeira música tocada no espaço?
A primeira música tocada no espaço foi Jingle Bells. O fato aconteceu em 1965, quando os astronautas estadunidenses Tom Stafford e Wally Schirra “puxaram” uma gaita e começaram a cantoria.
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Stafford e Schirra estavam a bordo da missão Gemini 6A, que também é conhecida por realizar o primeiro encontro de duas espaçonaves em órbita. Na ocasião, a nave chegou a ficar a cerca de 30 cm da sua “irmã” Gemini 7.
Voltando à história da música, os astronautas levaram para a missão uma pequena gaita, de aproximadamente 2,5 cm de comprimento por 1 cm de largura.
A poucos dias do Natal de 1965, no dia 16 de dezembro, os dois iniciaram o envio de um relatório e completaram a mensagem tocando Jingle Bells. A reprodução não foi das melhores, conforme você pode ver no vídeo abaixo, mas valeu a tentativa e a entrada para a história.
Primeira música transmitida do espaço
Enquanto dois astronautas dos Estados Unidos foram os primeiros a tocar uma música ao vivo no espaço, os primeiros a transmitir uma canção no espaço e na Terra foram os chineses.
Em 1970, a missão Dong Fang Hong I enviou o primeiro satélite chinês ao espaço e se tornou a primeira a tocar uma música “lá fora” e retransmitir para a Terra.
A música em questão ‘East is Red’ (O Leste é Vermelho), canção da Revolução Cultural chinesa em homenagem a Mao Tsé-Tung, principal líder da Revolução e primeiro presidente da República Popular da China.
Primeira música cantada na Lua
A primeira vez que alguém cantou uma música na Lua foi em dezembro de 1972, na missão Apollo 17, última viagem espacial tripulada realizada para além da órbita terrestre.
Em uma das caminhadas pela superfície da Lua, os astronautas Harrison Schmitt e Eugene Cernan aproveitaram o “passeio” para cantarolar “Fountain in the Park”, canção clássica da cultura americana.
No entanto, Schmitt e Cernan fizeram uma pequena alteração na letra da música: ao invés de cantarem “uma caminhada no parque”, eles cantaram “uma caminhada na Lua”. No vídeo abaixo, você pode ver o momento:
Música brasileira em Marte
Com o passar dos anos, a presença da música no espaço se tornou algo cada vez mais comum. Em 1997, chegou a vez da música brasileira romper as fronteiras da órbita terrestre.
Durante a missão “Mars Pathfinder”, que levou um rover de exploração para Marte, os cientistas da NASA criaram o hábito de colocar canções para servirem de despertador para o robô Sojourner.
Entre as músicas tocadas para despertar o rover, estavam alguns clássicos de estrelas internacionais, como Madonna e U2. Além disso, canções eruditas também marcaram presença.
Mas com a ajuda da engenheira aeroespacial brasileira Jacqueline Lira, que estava na equipe que comandava a missão, o samba chegou à Marte. No dia 12 de julho de 1997, “Coisinha do Pai” tocou para o robô Sojourner.
Composta por Almir Guineto, Luiz Carlos e Jorge Aragão, a música é bastante conhecida na voz da saudosa Beth Carvalho. No entanto, a versão que tocou em Marte foi outra: a de Elba Ramalho e Jair Rodrigues, que você pode ouvir abaixo:
Até o momento, “Coisinha do Pai” é a única música brasileira a ter sido tocada no espaço.
David Bowie no espaço
Para finalizar, não dá pra falar relação entre o espaço e a música sem falar em David Bowie. Afinal, o cantor inglês é conhecido, entre outras coisas, por suas canções que falam sobre o espaço.
Duas delas, “Life on Mars?” e “Space Oddity” estão tocando sem parar desde fevereiro de 2018 em um carro lançado pela Tesla no Espaço Sideral.
As músicas são reproduzidas nos fones de ouvido do “piloto” do carro que viaja pelo sistema solar a uma velocidade de 12 mil km/h, um manequim-astronauta. Ao todo, cada música já tocou centenas de milhares de vezes.
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Felipe Matozo
Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
