Primeira parcela do 13º chegando. Dicas de como usar
Primeira parcela do 13º salário deve ser paga até o último dia útil de novembro. Veja quais são as melhores maneiras de gastar o dinheiro.
Até o último dia útil de novembro, as empresas têm que pagar a primeira parcela do 13º salário para os funcionários que trabalham sob regime CLT. Com o final do ano, muitas pessoas aproveitam o dinheiro para pagar viagens de férias de verão ou despesas de festas de fim de ano, mas qual a melhor utilização para o valor?
É importante ressaltar que, atualmente, o Brasil vive um momento de dificuldades econômicas, em que a inflação está próxima dos 10%. A alta geral de preços, como em alimentos, combustíveis e contas de gás e luz, não é acompanhada pelo aumento do salário dos trabalhadores. Assim, vale a reflexão de aproveitar a primeira parcela do 13º salário para apostar em quitar dívidas ou investir o dinheiro.
Qual a melhor forma de pagar contas em atraso com a primeira parcela do 13º salário?
Uma pesquisa da Serasa Experian, referente ao mês de abril, mostra que as principais dívidas dos consumidores se concentram nos setores de Utilities (67,4%) e Bancos e Cartões (62,6%). De acordo com o levantamento, seis em cada dez inadimplências são pagas no Brasil em até 60 dias.
As contas em atraso mais recentes acabam sendo recuperadas mais rapidamente, enquanto as antigas vão sendo esquecidas pelos brasileiros, conforme explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
O esquecimento é muito comum no caso de dívidas mais antigas. Muitas vezes quando a pessoa recebe a notificação de inadimplência, se lembra e realiza o pagamento. Além disso, há também a questão das multas e encargos moratórios que vão encarecendo as dívidas vencidas com o passar do tempo. Por fim, a priorização das contas a pagar também é um fator, já que, devido ao atual cenário econômico, os consumidores com dificuldades financeiras acabam escolhendo qual será paga e qual será postergada para o próximo mês”, diz.
Dessa forma, com o depósito da primeira parcela do 13º chegando, o consumidor inadimplente pode utilizar a renda para quitar os débitos em atraso. Nesse momento é importante priorizar dois fatores: as contas de serviços essenciais, como luz, internet, água e aluguel, mas também ficar atento às contas com juros mais altos, que ficam cada vez mais caras por conta do atraso de pagamento.
Como a primeira parcela do 13º salário pode ser útil para quem não está no vermelho?
Mesmo quem não está endividado ou inadimplente pode usar a primeira parcela do 13º salário com inteligência. Durante as férias de fim de ano, por exemplo, o ideal é gastar o dinheiro com parcimônia e ainda guardar uma parte dele em um investimento. A orientação é que a reserva financeira tenha de três a seis vezes o valor correspondente aos gastos mensais do consumidor.
Além disso, lembre-se de que o início do ano é marcado por diversas contas para pagar, como matrícula escolar, materiais para o ano letivo, IPTU e IPVA, por exemplo. Por esse motivo, utilizar o 13º salário de forma estratégica, para evitar o endividamento logo no início de 2022 pode ser uma boa pedida.
Por fim, considere essa parcela do salário como um dinheiro que faz parte da renda anual e não como um valor extra que deve ser utilizado apenas para fins de lazer.
Veja como calcular o 13º salário
A primeira parcela do 13º salário deve ser paga entre fevereiro e o último dia útil de novembro. Já a segunda parcela, normalmente, é depositada no dia 20 de novembro. Veja o passo a passo para calcular o valor do 13º proporcional:
- Divida o salário bruto por 12 (em referência aos meses do ano);
- Multiplique o resultado da divisão pelo número de meses em que trabalhou até outubro;
- O valor da primeira parcela é correspondente a divisão por dois deste último cálculo, sem descontos.
Para chegar ao valor da segunda parcela, o cálculo é um pouco diferente:
- Divida o salário bruto por 12;
- Multiplique o resultado pelo número de meses trabalhados;
- Subtraia do resultado o adiantamento e os descontos do INSS e do IR.
O desconto do INSS varia de 8% a 11%, de acordo com o salário do funcionário. Já o valor deduzido do Imposto de Renda segue a tabela de alíquotas progressiva do IR.
Se um funcionário tiver horas extras, ele também ganha proporcionalmente ao período trabalhado.