O Auxílio Brasil pode passar por uma mudança significativa a partir de agosto. Após a aprovação da “PEC Kamikaze”, que aumenta o valor do benefício para R$ 600, o governo pretende antecipar o calendário de pagamentos do programa.
Atualmente, o Auxílio Brasil é pago sempre nos últimos 10 dias úteis de cada mês, mas essa “demora” pode frustrar os planos do governo, que tem pressa para colher os resultados da PEC nas pesquisas de intenção de voto para as eleições de outubro.
A seguir, entenda qual é a proposta de antecipação da parcela do Auxílio Brasil e saiba quando você poderá receber o benefício.
Qual a proposta de mudança no calendário do Auxílio Brasil?
Mudança no Auxílio Brasil pode antecipar os pagamentos do benefício. Foto: Reprodução
A ideia do governo é antecipar os pagamentos do Auxílio Brasil para a primeira quinzena de cada mês a partir de agosto.
Sendo assim, a proposta é alterar o calendário de forma definitiva, não apenas no próximo mês. Nesse caso, se a mudança realmente for posta em prática, o Auxílio Brasil será pago sempre na primeira metade do mês.
Segundo técnicos do Ministério da Cidadania, a pasta está preparada para iniciar os pagamentos da parcela de agosto antecipadamente. Com isso, o Auxílio Brasil de R$ 600 pode começar a ser pago no dia 09 de agosto.
Qual o motivo da mudança no programa?
Com a mudança, o governo pretende desvencilhar o programa do antigo Bolsa Família, marca dos governos do ex-presidente Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições 2022.
Além disso, a pressa do governo está relacionada justamente com as eleições. Segundo um ministro, a expectativa do governo é que o aumento do Auxílio Brasil melhore os números do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas, principalmente no Nordeste e no interior de Minas Gerais.
Nesse caso, quanto antes as parcelas de R$ 600 e as demais medidas previstas na PEC começarem a ser pagas, maior o benefício eleitoral que o governo pode ter até o dia das eleições.
Felipe Matozo
Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
