Governo lançará programa de incentivo à redução do consumo de energia elétrica
Na noite de ontem, dia 28 de junho, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão. Nele, Albuquerque afirmou que o Governo Federal está finalizando um programa de incentivo à redução do consumo de energia elétrica.
Em parceria com a indústria, estamos finalizando o desenho de um programa voluntário que incentiva as empresas a deslocarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda, sem afetar a sua produção e o crescimento econômico do país”, afirmou o ministro.
Além disso, Albuquerque também pediu o apoio da sociedade para economizar no consumo de energia elétrica.
Como economizar o consumo de energia elétrica?
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, solicitou o apoio da população durante este período de crise hídrica. Ele afirmou que mesmo com o programa de incentivo à redução do consumo junto com o setor industrial do país, outras partes da sociedade vão precisar ajudar.
Essas medidas são essenciais, mas para aumentar nossa segurança energética, é fundamental que, além dos setores do comércio, de serviços e da indústria, a sociedade brasileira, todo cidadão-consumidor, participe desse esforço, evitando desperdícios no consumo de energia elétrica”, reforçou.
Como forma de apoiar esse pedido, a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, recomenda algumas medidas que podem ser tomadas pela população:
- Tomar banhos de até cinco minutos para quem tem chuveiro elétrico;
- Não deixar portas e janelas abertas em ambientes com ar condicionado;
- Manter os filtros limpos do ar condicionado;
- Só deixar a porta da geladeira aberta o tempo que for necessário;
- Nunca colocar alimentos quentes dentro da geladeira;
- Deixar espaço para ventilação na parte de trás da geladeira e não utilizá-la para secar panos;
- Utilizar iluminação natural ou lâmpadas econômicas em casa;
- Nunca deixar o ferro de passar roupa ligado enquanto faz outra coisa;
- Retirar aparelhos da tomada quando possível ou durante longas ausências.
Frentes de atuação do Governo Federal para incentivar à redução do consumo de energia elétrica
O Governo Federal montou um grupo para coordenar as ações dos órgãos envolvidos no enfrentamento da crise hidro energética. Durante o pronunciamento desta segunda-feira, o ministro Bento Albuquerque também falou que é feito o monitoramento do setor elétrico 24 horas por dia.
Além dessas medidas, um programa de incentivo à redução do uso de energia elétrica, que já foi mencionado anteriormente neste texto, será divulgado. Ele terá como foco principal a indústria.
O objetivo é incentivar as empresas a alterarem o consumo dos horários de maior demanda de energia para os horários de menor demanda.
Reajuste da bandeira vermelha
A Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, divulgou hoje o reajuste da bandeira vermelha patamar 2. Essa bandeira já estava confirmada para o mês de julho, em decorrência dos baixos volumes dos reservatórios e bacias hidrográficas no país. Além disso, o inverno está previsto para ser uma estação seca e com poucas chuvas.
Com esse grave panorama hidrológico, a Aneel vai cobrar tarifas mais altas de energia elétrica, pois terá que acionar as usinas termelétricas, para suprir os baixos níveis de chuvas. Essa forma de geração de energia é mais cara do que por meio das hidrelétricas, por exemplo.
O reajuste divulgado hoje foi de 52%. O custo da bandeira vermelha 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada 100 kwh (quilowatt-hora) consumidos.
Em junho, as afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) estiveram entre as mais críticas do histórico. Julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos. Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha.”, afirmou a Aneel por meio de nota.
Fontes: Aneel e Agência Brasil