Compartilhamento de dados do Open Banking começa sexta-feira, 13 de agosto
Você sabe o que é Open Banking? A partir desta sexta-feira é importante você descobrir. Esse sistema nada mais é do que uma autorização que o cliente de um banco dá, para que seus dados pessoais e financeiros sejam compartilhados com outras instituições bancárias.
O objetivo do Open Banking é facilitar o acesso a produtos e serviços bancários, como empréstimos e cartões de crédito.
Mas por que é importante que os clientes de bancos descubram o que é esse sistema? Bom, a partir de hoje, sexta-feira, essa troca de dados está autorizada no Brasil. Essa, na realidade, é a segunda fase do Open Banking.
É nesta segunda fase de implementação que se iniciará uma interação mais direta com o cliente final. O Open Banking no Brasil, embora com um cronograma muito desafiador e um escopo bem abrangente, incentiva a inovação e tende a intensificar as ofertas de valor para os usuários, com novos produtos e serviços, acelerando a transformação digital do mercado financeiro. A expectativa do setor bancário com sua implantação completa é bastante positiva”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.
Quais são as fases da implementação do Open Banking no Brasil?
A primeira fase de implementação do Open Banking no Brasil começou em fevereiro deste ano. Nesta sexta-feira, deu-se início à segunda etapa. Ao todo, são quatro fases, que vão até setembro de 2022.
Todas elas foram reguladas pela resolução nº109 do Banco Central.
- Primeira fase (01/02/2021): Os bancos participantes divulgaram informações de seus produtos e serviços. Os dados ficam disponíveis publicamente para que empresas privadas possam consultá-los e, assim, desenvolver sistemas e aplicativos que podem compará-los;
- Segunda fase (13/08/2021): Dados de clientes de instituições financeiras, como informações de cadastro, de contas e operações de crédito, podem ser compartilhados entre os bancos participantes do Open Banking. Isso só pode ser feito mediante autorização do cliente. A troca de informações permite que o consumidor receba propostas e simulações de empréstimos e financiamentos de outras instituições;
- Terceira fase (30/08/2021): A partir desta data o cliente vai poder fazer transferências ou pagamentos fora do aplicativo bancário ou do internet banking;
- Quarta fase (15/12/2021): Essa fase será desenvolvida em duas etapas, em dezembro de 2021 e maio de 2022. Ela possibilitará o compartilhamento de informações sobre operações de câmbio, investimentos, seguros e contas-salário dos clientes.
Com a fase 4, teremos a consolidação da implementação de todo o cronograma do Open Banking. Mas é importante lembrar que o sistema, que gera uma série de oportunidades e novos negócios, estará em constante evolução e exigirá investimentos contínuos dos participantes ao longo do tempo, com pleno potencial para revolucionar os produtos e serviços em nosso mercado financeiro”, ressalta Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da FEBRABAN.
Outras datas importantes do Open Banking que estão previstas:
- 30/08/2021: As transferências via Pix entrarão no Open Banking;
- 15/02/2022: transferências via TED e transferências eletrônicas entre contas de uma mesma instituição entrarão no Open Banking;
- 30/06/2022: Os boletos entrarão no Open Banking;
- 30/09/2022: O serviço de débito de conta começar a ser compartilhado entre os participantes do Open Banking.
Como a segurança é garantida no Open Banking?
É obrigatório que médios e grandes bancos do Brasil participem do sistema. Para isso eles devem estar enquadrados em dois níveis:
- S1: Bancos com porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ou que exerçam atividade internacional relevante;
- S2: Bancos com porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB;
Outras instituições financeiras têm a participação facultativa.
Esses setores financeiros são regulados e fiscalizados pelo Banco Central. Eles devem seguir padrões rígidos de privacidade, segurança de dados pessoais e sigilo bancário.
Todos os anos, os Bancos investem R$ 25,7 bilhões em tecnologia. Cerca de 10% deste valor é direcionado para cibersegurança;
A Febraban também ressalta que o Open Banking vai contar com diversas camadas de segurança e seguir padrões consolidados no sistema bancário.
Como proteger dados bancários?
Todo o compartilhamento de dados do Open Banking deve ser feito com autorização explícita do cliente. Caso o cidadão não queira, as informações pessoais dele não serão repassadas entre instituições.
Quem ainda tem medo de golpes e quer proteger dados pessoais e bancários ainda mais, pode seguir essas dicas da Febraban:
- Não escolha senhas que possam ser facilmente descobertas, como datas de nascimento ou números de telefone;
- Nunca guarde a senha junto com o cartão de crédito/débito;
- Não forneça sua senha caso algum suposto funcionário de banco te solicitar;
- Sempre solicite a sua via do comprovante de pagamento e confira o valor pago.
Fonte: Febraban