Como financiar a casa própria pela Caixa Econômica sem pagar entrada
Financiar a casa própria é um desafio para grande parte da população, principalmente, por conta do alto valor de entrada que deve ser pago. Neste ano, a Caixa Econômica Federal realizou o Feirão Digital da Casa Própria, com condições especiais, sem necessidade de dar entrada, por exemplo.
Ainda sim, situações como essa não acontecem todos os dias e nem com todas as instituições financeiras. O Banco Central permite apenas que os bancos financiem de 80% e 90% do valor dos imóveis, com algumas exceções. De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECI-SP), a contratação de um pagamento parcelado de até 100% do valor do imóvel permitiria que muitos inquilinos começassem a pensar em financiar a casa própria com mais tranquilidade.
Como financiar a casa própria sem pagar entrada?
Um levantamento do CRECI-SP mostra que apenas um em nove bancos financia o valor total do imóvel, sem a necessidade de pagar entrada. Este banco é a Caixa Econômica Federal. As condições para que isso seja feito são:
- O prazo de amortização é de até 240 meses (20 anos);
- O candidato ao financiamento deve ter renda de até R$ 4.900;
- O imóvel deve custar até R$130 mil;
- A taxa de juros é de 9,01% ao ano.
Os outros bancos que participaram da pesquisa foram: Banco do Brasil, Real, Santander, Bradesco, HSBC, Itaú, Nossa Caixa e Unibanco. Todos eles emprestam até 80% do valor do imóvel. Em sete das instituições financeiras, o prazo máximo financiado é de 30 anos.
A Tabela Sistema de Amortização Constante (SAC) dos bancos analisados utiliza, predominantemente, a Taxa Referencial (TR) como fator de correção das prestações. As exceções são no caso do Bradesco, que usa o índice da poupança e a Caixa, que utiliza a poupança e o FGTS. As taxas anuais de juros cobradas para o financiamento variam de 5% a 13%. A menor delas é da Caixa Econômica e as maiores foram encontradas nos bancos Real e Santander.
Como financiar um imóvel pela Caixa utilizando o FGTS?
A Caixa possibilita que os clientes utilizem o saldo do FGTS para comprar ou construir um imóvel residencial, como entrada do financiamento. Ele pode ser usado como parte do pagamento ou com o valor total.
Além disso, é possível liberar o saldo para utilizá-lo em outros dois casos:
- Amortização ou liquidação do saldo devedor: Para quitar ou amortizar dívidas em contratos firmados no âmbito do Sistema Financeiro Habitação (SFH) ou para contratações feitas a partir de 12/06/2021, no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI);
- Pagamento de parte do valor das prestações: Existe a possibilidade de usar o FGTS para reduzir em até 80% o valor das prestações em 12 meses consecutivos. Isso pode ser feito em contratos firmados no âmbito do Sistema Financeiro Habitação (SFH) e no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Neste caso, a contratação também precisa ter sido feita a partir de 12/06/2021.
Passo a passo para utilizar o FGTS no financiamento ou pagamento de dívidas de financiamentos:
- Confira o saldo da sua conta de FGTS;
- Solicite o uso do FGTS pelo App Habitação CAIXA ou por telefone no 0800 104 0104 ou 4004 0104. O atendimento é feito de segunda à sexta-feira das 8h às 20h;
- A Caixa vai avaliar a situação.
Condições para usar o FGTS:
- Ter, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime do FGTS;
- Não ter financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
- Não ser proprietário, possuidor, promitente comprador, usufrutuário ou cessionário de imóvel residencial urbano ou de parte residencial de imóvel misto, esteja ele pronto ou em construção, que esteja localizado no município onde o cliente mora ou trabalha;
- O imóvel deve custar até R$1.500.000,00;
- O imóvel precisa ser ser residencial urbano;
- Ele deve ser destinado para moradia e não pode ser usado para fins comerciais;
- O imóvel a ser financiado não pode ter sido objeto de utilização do FGTS em aquisição anterior, há menos de três anos. Esse período começa a ser contabilizado a partir da data do efetivo registro na matrícula do imóvel;
- O FGTS não pode ser utilizado para reformar ou aumentar o imóvel, comprar terrenos sem construção ou para adquirir material de construção, por exemplo.