Greve no Banco Central pode afetar funcionamento do Pix, Valores a Receber e de outros serviços
Sindicato dos Servidores do Banco Central alerta que greve pode gerar paralisações em serviços como o Pix. Entenda o caso.
Segundo o sindicato dos servidores do Banco Central (Sinal), a greve de funcionários do órgão, marcada para começar nesta semana, pode afetar o funcionamento de serviços como o Pix e o sistema Valores a Receber.
A greve dos servidores foi aprovada em assembleia nesta segunda-feira (28/03), e deve seguir por tempo indeterminado a partir de 1º de abril.
De acordo com o presidente do Sinal, Fábio Faiad, 1.200 servidores participaram da assembleia na tarde de ontem, e mais de 90% se manifestaram a favor da greve. A decisão ocorreu após o governo alegar dificuldades orçamentárias e políticas para oferecer o reajuste.
Entenda a Greve no Banco Central
Os servidores do Banco Central vêm pressionando o governo por reajustes salariais de 19,9% e reestruturação de carreiras. Desde o último dia 17 de março, a categoria já vinha realizando paralisações diárias em horários específicos.
O objetivo da mobilização dos servidores é que o reajuste não seja oferecido somente para policias federais, como o presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou em fevereiro. Na época, Bolsonaro falou apenas em aumentos para os policiais, o que voltou a gerar críticas de outros trabalhadores, que o acusam de privilegiar a categoria que faz parte de sua base eleitoral.
Greve no Banco Central pode afetar serviços como o Pix
Com paralisação, existe o risco de serviços como o Pix serem afetados. Isso porque o presidente do Sinal afirmou que a categoria irá respeitar a lei de serviços essenciais, o que não inclui o sistema de pagamentos instantâneos nem o site Valores a Receber, por exemplo.
Por isso, é possível que estes serviços sofram paralisações parciais e até até totais, conforme destacou em nota o sindicato.
Enquanto isso, o Banco Central informou que “tem planos de contingência” para garantir o funcionamento de sistemas críticos para a população, além dos mercados e as operações das instituições reguladas, o que inclui o Pix e a Selic, por exemplo.
Qual a posição do Banco Central?
Em nota, o Banco Central afirma que “reconhece o direito dos servidores” de realizar manifestações organizadas, e que confia no compromisso da categoria com a instituição e com a sociedade.
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