Álbum da Copa: Panini é alvo do Procon por FIGURINHAS RARAS
Entenda por que o Procon-SP notificou a Panini pelas figurinhas do Álbum da Copa de 2022. Tem chance de sair de circulação?
Nesta semana, a editora Panini, responsável pela confecção e comercialização do Álbum da Copa do Mundo de 2022, foi alvo de uma notificação do Procon-SP por conta das figurinhas raras, como a Legends Ouro de Neymar Jr.
As figurinhas raras do álbum da copa nada mais são do que figurinhas extras, mais raras e com potencial de venda por valores elevados muito maior.
As chances de tirar uma Legends Ouro, a mais rara de todas, é estimada em 1 a cada 1.900 pacotinhos, e uma figurinha desse tipo do craque brasileiro Neymar Jr. já foi colocada à venda por R$ 9.000.
Porém, o Procon-SP pode tornar a comercialização dessas figurinhas uma verdadeira e cara dor de cabeça para a Panini. Entenda melhor a seguir.
Por que o Procon-SP notificou a Panini?
A notificação do Procon-SP para a Panini tem relação com problemas envolvendo a comercialização de kits/combos, álbuns e figurinhas individuais da Copa do Mundo de 2022.
Basicamente, são três coisas que a Panini precisa esclarecer ao Procon-SP, que pode até mesmo retirar o álbum e as figurinhas de circulação ou aplicar multas em dinheiro caso não seja possível chegar a um acordo:
- se os produtos fizeram parte de reserva/pré-oferta, se é possível adquiri-los diretamente e se os prazos de entrega são diferentes de acordo com a modalidade;
- Quais são as quantidades de itens que foram comercializados até o mesmo e se é possível rastrear a entrega deles;
- Quais as ofertas e seus respectivos preços para cada produto vendido, quantos foram entregues, quantos estão ainda em processo de entrega e quantos estão disponíveis em estoque.
Os questionamentos têm relação com oferta e entrega especialmente pelo fato de o Procon-SP ter recebido 432 reclamações envolvendo atraso ou não realização de entrega na data combinada.
Porém, em entrevista à VEJA, Guilherme Farid, diretor executivo do Procon-SP, afirmou que os questionamentos podem se estender também às figurinhas raras: “O Procon está avaliando a questão da oferta das figurinhas extras e pode vir a questionar a empresa a respeito disso“.
O Procon esperaria com isso entender melhor como está acontecendo a comercialização das chamadas “figurinhas extras”, que podem vir em diferentes raridades (bordô, bronze, prata e ouro) e têm um valor de venda maior.
Lembrando que, em São Paulo, a Lei 9.340, de 1996, proíbe a circulação de “figurinhas raras”. O artigo 2º define o seguinte: “fica vedada qualquer campanha que tenha na sua distribuição figurinhas ‘raras’ ou carimbadas“. Em caso de descumprimento, a lei prevê multa em dinheiro e determina que cabe ao Procon a fiscalização e regulamentação.
Com informações de VEJA.
Você também pode gostar de ler:
Álbum da Copa: Panini é CONDENADA a indenizar atleta por figurinha