Auxílio Emergencial: Governo Libera valores para pessoas que fizeram contestação. Confira!
Nessa semana, 196 mil trabalhadores que realizaram contestação ou tiveram sua situação reavaliada terão direito a novas parcelas do Auxílio Emergencial.
Beneficiários que fizeram a contestação entre os dias 7 e 16 de novembro e 13 e 31 de dezembro, e também aqueles que tiveram o pagamento reavaliado nesse mês de janeiro por conta de atualizações de dados governamentais, irão receber todas as parcelas a que têm direito de uma só vez.
O valor será liberado para estas pessoas na próxima quinta-feira (28/01), e fica disponível para transferências, pagamentos ou saques. Ao todo, os novos pagamentos representam R$ 248,6 milhões em recursos.
Entre estes 196 mil beneficiários, a maior parte (78,3 mil) irá receber apenas o valor correspondente à quinta parcela do auxílio. Por outro lado, pouco mais de 8 mil pessoas terão acesso às últimas quatro parcelas do benefício.
Para quem realizou a contestação nos períodos indicados ou teve o pagamento reavaliado, é possível consultar a situação do Auxílio Emergencial pelo aplicativo do benefício ou pelo site auxilio.caixa.gov.br.
As últimas parcelas do auxílio foram pagas no dia 29 de dezembro, e o período de liberação de saques dos ciclos 5 e 6 se encerra nesta quarta-feira (27).
Ao todo, 68 milhões de trabalhadores tiveram acesso ao Auxílio Emergencial, o que representa 32,2% da população brasileira. Segundo o Ministério da Cidadania, o custo total foi de R$ 330 bilhões.
Há chances do Auxílio Emergencial seguir em 2021?
Recentemente, os dois principais candidatos à presidência da Câmara dos Deputados falaram sobre a continuidade do pagamento do auxílio em 2021. Tanto Baleia Rossi (MDB-SP) quanto Arthur Lira (PP-AL) acreditam que o benefício pode seguir por mais alguns meses durante este ano.
O atual presidente da casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também comentou sobre o assunto. Nesta segunda-feira (25/01), Maia afirmou que se a dívida pública for menor do que a estimativa, é possível debater um programa de seis meses para a população mais vulnerável.
Outros parlamentares defendem a prorrogação do benefício em 2021, . Até o momento, já foram apresentados nove projetos na Câmara dos Deputados e no Senado propondo um debate sobre o assunto.
Entretanto, seguir com o auxílio emergencial não parece estar nos planos do governo, conforme declarações do próprio presidente. Nesta segunda-feira (25), Bolsonaro afirmou que o benefício não é uma aposentadoria, e negou que ele será prorrogado nesse ano.
O presidente já havia se posicionado contra a prorrogação no início de janeiro em resposta à pressão de senadores para seguir com o benefício. Segundo ele, a ajuda é emergencial e não vitalícia.
Mas apesar da contestação do presidente, a influência do auxílio emergencial em sua popularidade pode pesar a favor da prorrogação do benefício. Enquanto a aprovação de Bolsonaro se manteve estável em 2020 durante o pagamento do auxílio, ela sofreu quedas após o fim da medida.
Além disso, há outros indícios de que o pagamento do Auxílio Emergencial pode seguir em 2021, como o agravamento da pandemia e as incertezas na economia.
Auxílio segue se vacina falhar, diz Guedes
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o auxílio emergencial pode voltar esse ano se a pandemia não parar de avançar mesmo com as campanhas de vacinação.
Guedes afirmou nesta terça-feira (26) que a volta do benefício só acontecerá caso “o pior aconteça”. Para ele, a vacinação em massa é essencial para que a economia brasileira retome ao normal, agora que não tem o auxílio para ampliar a dívida do governo. O ministro também acredita que o atual aumento no número de casos de Covid-19 pode ser pontual, consequência das reuniões de final de ano.
Entretanto, o auxílio pode voltar a ser uma prioridade do governo se a pandemia seguir avançando. Nesse caso, o ministro destaca que serão necessário sacrifícios, como congelamentos de verbas para áreas como saúde, educação e segurança pública.
A fala do ministro aconteceu durante um evento com investidores internacionais realizado nesta terça-feira. Na ocasião, Guedes estava acompanhado do presidente, e ressaltou que voltar com o auxílio emergencial é algo que requer muito cuidado.