Candidato propõe RENEGOCIAR DÍVIDAS de famílias nestas condições
Programa previsto em plano de governo de candidato à presidência propõe renegociar dívidas de água, luz e outros serviços.
Nesta terça-feira (06/09), o ex-presidente Lula (PT) falou em ampliar o alcance da sua proposta de renegociar dívidas de famílias de baixa renda.
Durante uma reunião de coordenação de sua campanha, o candidato à presidência falou em negociar dívidas com bancos e empresários do setor de varejo.
Até o momento, a proposta do programa conhecido como “Desenrola, Brasil” previa renegociação de contas como água, luz, gás e telefone.
Como funciona a proposta de Lula para renegociar dívidas?
O programa “Desenrola, Brasil”, previsto no plano de governo de Lula, propõe a renegociação de dívidas de água, luz, gás e telefone de famílias que tenham renda de até três salários mínimos (R$ 6.636, no valor atual).
Agora, o candidata inclui em sua fala outras contas que podem entrar para o programa: dívidas com bancos, cartões de crédito e redes varejistas.
Até o momento, a proposta trabalhada pela campanha do ex-presidente vem focando em dívidas não bancárias. De acordo com estimativas do partido, é possível renegociar dívidas de cerca de 30 milhões de famílias com renda de até três salários mínimos.
Segundo Lula, a medida é necessária para devolver o poder de compra à população endividada, pois “se as pessoas não têm poder de consumo a economia não cresce”.
Endividamento e inadimplência batem recorde
Durante a reunião realizada nesta terça-feira, Lula falou sobre o endividamento das famílias com o sistema financeiro, que atingiu o maior nível da série histórica (53,7%). Além disso, o ex-presidente também citou que 27,6% da renda das famílias está comprometida com dívidas.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 8 em cada 10 famílias estavam endividas em agosto. O levantamento da CNC também mostrou que no último mês o índice de inadimplência chegou ao maior patamar já registrado.
Segundo a pesquisa, 29,6% das famílias estão com dívidas atrasadas, e 10,8% dizem não ter condições de acertar todas as contas.