Ela deixou a lista de bilionários da Forbes essa semana

Bilionária brasileira deixou recentemente a lista de bilionárias da Forbes após sua empresa ter uma queda de ações vertiginosa.


Na última terça-feira (14), a Forbes, revista estadunidense de negócios e economia, informou que a empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, deixou a tradicional lista global de bilionários que a revista faz de tempos em tempos.

O motivo da saída de Trajano da lista se deu por conta da queda de ações do Magazine Luiza, que caíram 90% nos últimos 11 meses, passando de R$ 23,90 em julho de 2021 para R$ 2,55 nesta quarta-feira, 15 de junho de 2022.

Segundo a Forbes, a fortuna pessoal da empreendedora acompanhou a queda de ações da empresa. Em julho de 2021, Luiza Trajano chegou a ter uma fortuna de US$ 5,6 bilhões (R$ 28,6 bilhões), que caiu para US$ 1,4 bilhão (R$ 7,1 bilhões) em dezembro daquele mesmo ano. Apenas entre janeiro e maio desse ano, a ex-bilionária perdeu mais US$ 1,6 bilhão (R$ 8,1 bilhões), deixando a lista da Forbes.

Fortuna de Luiza Trajano chegou a alcançar US$ 5,6 bilhões em julho de 2021 (Imagem: Nilton Fukuda/Estadão)
Fortuna de Luiza Trajano chegou a alcançar US$ 5,6 bilhões em julho de 2021 (Imagem: Nilton Fukuda/Estadão)

Por que as ações do Magazine Luiza estão caindo tanto?

A queda das ações do Magazine Luiza tem relação com o atual momento de crise econômica que estamos vivendo. O setor de varejo e comércio eletrônico estão perdendo força por conta da alta da inflação e do aumento da taxa básica de juros.

Além da perda de poder de compra por parte dos brasileiros, que estão cada vez menos propensos a gastarem, os produtos também estão passando por uma alta de preço, e as lojas de varejo estão tendo dificuldade na hora de repassar este aumento para os consumidores.

Além disso, o aumento da concorrência no e-commerce, que hoje em dia conta com concorrentes bem agressivos, como a Amazon e a Shopee, também explica o motivo da desaceleração do crescimento e da queda das ações do Magazine Luiza.

Não apenas o Magalu, mas também outros nomes do e-commerce, cresceram bastante ao longo da pandemia pelo isolamento e pela baixa de juros. Agora, porém, que o cenário macroeconômico não está favorável, com a Selic elevada a 12,75% ao ano e o Fed Funds americano recentemente elevado para a faixa entre 1,50% e 1,75%, as compras on-line já não têm mais o mesmo apelo de antes.

LEIA TAMBÉM: ESTÁ ENDIVIDADO? É ISSO QUE ACONTECE APÓS CINCO ANOS

Editor, redator e revisor da WebGo Content, graduado em Letras – Português/Inglês. Tem experiência com redação, revisão e editoração de textos para Web.