Um estudo do SPC e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que o número de negativados no Brasil em julho foi o maior dos últimos oito anos.
Além disso, a pesquisa mostra que o número de inadimplentes no país aumentou em 8,7% em relação ao mesmo mês de 2021. A seguir, confira quantos brasileiros estavam negativados em julho.
Qual o número de negativados no Brasil?
De acordo com o estudo, quatro em cada dez brasileiros adultos (39,2%) estavam negativados no último mês, o que representa um total de 63,3 milhões de pessoas.
Um dos principais motivos pelo grande volume de brasileiros nesta situação é o aumento nas dívidas com o setor bancário. Em julho, este tipo de dívida saltou 30,2%. Logo em seguida aparecem as dívidas com água e luz, que aumentaram 7,2%.
Segundo o levantamento, o valor médio devido por cada brasileiro negativado é de R$ 3.638,22. Porém, quase metade dos consumidores (49,3%) tinha dívidas de até R$ 1.000.
Além disso, considerando o volume total de dívidas no último mês de julho, cada consumidor inadimplente devia, em média, para cerca de duas empresas (1,9).
Como evitar a inadimplência?
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, um dos principais motivos para o grande número de negativados no país é a falta de educação financeira.
Segundo ele, é necessário controlar mais os gastos e destinar parte dos rendimentos para uma reserva de emergência. Com isso, mesmo que aconteça uma situação inesperada, haverá um dinheiro guardado para evitar a inadimplência.
Porém, a situação da economia brasileira dificulta a realidade de muitos brasileiros. Conforme destaca José César da Costa, presidente da CNDL, não há previsão de queda na inflação ou melhoria nas expectativas de crescimento da economia.
Com isso, Costa afirma que a tendência é que o número de inadimplentes continue alto pelos próximos meses.
Diante deste cenário, o presidente do SPC Brasil afirma que é necessário ficar atento aos custos totais da operação quando for contratar um empréstimo ou financiamento, e saber qual conta deixa de pagar em caso de aperto. Segundo ele, é preciso entender bem os custos para fazer uma boa escolha.
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Felipe Matozo
Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
