Como o PIX pode ajudar os pequenos negócios. Vale a pena aceitar o PIX?

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com parceria da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que nove em cada dez pequenos negócios utilizam o PIX como forma de pagamento.

Em agosto de 2021, 77% dos entrevistados usavam o sistema de pagamento instantâneo, desenvolvido pelo Banco Central. Já em novembro, este número passou para 86%. Dos participantes, 87% dos microempreendedores individuais (MEI) afirmam que utilizam o PIX. No caso dos micro e pequenos empresários, o percentual é de 85%.

É um sistema ágil, que não onera o consumidor, mais barato que uma taxa de cartão e que pode ser usado 24 horas por dia. O PIX foi muito bem aceito e os empreendedores perceberam isso e estão se modernizando”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Os pequenos negócios que mais utilizam o sistema de pagamentos são:

• Academias e serviços de alimentação (94%);
• Oficinas e empresas ligadas à beleza (93%).

Por que os pequenos negócios devem aceitar o PIX?

A 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae e pela FGV e divulgada em outubro, revela que as empresas que aderiram ao Pix registraram menor perda de faturamento. 

Isso acontece porque esse tipo de pagamento facilita as cobranças e pagamentos por conta da alta velocidade de transações; ele traz isenções de taxas para consumidores; conta com disponibilidade 24 horas; possibilita diversas formas de pagamento, seja por QR Code ou Chave Pix. 

Esses benefícios também ajudam no fechamento do caixa e contribuem para que o empreendedor tenha melhores condições de tomar decisões mais assertivas para o negócio”, diz Melles.

Quais os cuidados para evitar Golpes do PIX

Com o surgimento do PIX, também começaram a aparecer novos golpes para os usuários dessa modalidade. A empresa especializada em prevenção a fraudes cibernéticas, AllowMe, descobriu uma das fraudes que é aplicada nos pequenos negócios. 

Nela, golpistas abrem contas de Pessoa Jurídica em bancos digitais,  com nomes similares a empresas conhecidas no mercado. Os estelionatários apenas trocam ou dobram um letra para que seja possível confundir o alvo. Depois, eles entram em contato com a vítima do golpe, se passam por fornecedores, informam que houve uma alteração nos processos de pagamentos e pedem um PIX de confirmação ou de teste para cadastro.

Outra situação foi relatada pela empresa de segurança cibernética Kaspersky, que verificou que golpistas criavam boletos falsos para serem pagos com QR Code do PIX, simulando contas de água, gás ou de energia elétrica. 

Para evitar que pequenos negócios se tornem vítimas de fraudes como essas, a Kaspersky dá algumas dicas:

• Atenção ao destinatário do boleto ou do e-mail/mensagem enviados; 
• Fique atento aos dados pessoais. Na fatura falsa não há a informação do nome do cliente, apenas o código do assinante, por exemplo. Isso não acontece em faturas originais de empresas sérias; 
• Fique de olho no código de barras: contas de consumo (gás, energia, telefonia) sempre começam com o número 8; 
• Visite o site oficial das empresas quando tiver conhecimento de uma promoção irresistível; 
• Confirme os dados do destinatário antes de concluir o pagamento via Pix. Apenas pagamentos legítimos mostram os nomes das empresas (razões sociais) corretos.

Como aceitar o PIX em pequenos negócios?

Os pequenos negócios que querem começar a usar o PIX precisam, antes de tudo, criar uma chave. Isso é feito diretamente pelo aplicativo ou site do banco. Essa chave pode ser o número do CNPJ, telefone, e-mail ou uma sequência aleatória, criada pelo sistema. Com isso, os empresários podem passar a chave para os clientes, para que eles finalizem o pagamento. 

Outra forma de fazer isso é por meio da geração de um QR Code com o valor da compra. Assim, o cliente só precisa abrir o app do banco, clicar em PIX, selecionar a opção de pagamento pelo código, escaneá-lo, confirmar os dados e pronto!