Governo altera regras do Empréstimo Consignado para servidores públicos; veja o que muda

Felipe Matozo

03/11/2022

Neste ano, o governo federal publicou uma Medida Provisória (MP) que aumenta a margem de empréstimo consignado para servidores públicos federais.

Com isso, trabalhadores do setor público federal podem comprometer até 40% do salário com crédito consignado. Antes, o limite era de 35%.

No entanto, desta margem de 40%, 35% é destinado a empréstimos com desconto em folha, enquanto os 5% restantes ficam reservados para amortização de despesas ou saques de cartão de crédito. 

O que muda no empréstimo consignado para servidores públicos?

De acordo com a MP 1.132/2022, o limite de 40% para descontos automáticos em folha de pagamento será aplicado quando leis ou regulamentos específicos não definirem percentuais maiores.

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Com as novas regras, servidores públicos federais podem comprometer até 35% do salário com empréstimo consignado, modalidade em que as prestações são descontadas diretamente dos pagamentos mensais.

Além desta margem de 35%, os trabalhadores poderão comprometer mais 5% com amortização de despesas ou saques de cartão de crédito.

As regras também preveem que a pessoa que for solicitar o empréstimo consignado precisa ser informada sobre o custo efetivo total da dívida e o prazo para quitação.

Para quais servidores as novas regras estão valendo?

Segundo o texto da MP, a medida vale para os seguintes servidores públicos federais:

  • Funcionários da administração direta, autárquica e fundacional;
  • Militares das Forças Armadas;
  • Servidores públicos federais inativos;
  • Militares do Distrito Federal e dos ex-territórios federais;
  • Militares da inatividade remunerada;
  • Pensionistas de servidores públicos e de militares das Forças Armadas, do Distrito Federal e dos ex-territórios.

Mas especialistas recomendam atenção e planejamento antes de contratar um empréstimo consignado. Segundo Newton Marques, membro do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal e professor da Universidade de Brasília, é preciso cuidado para não confundir o crédito como dinheiro extra.

Para Marques, o consignado pode ser uma alternativa para substituir dívidas que tenham juros extremamente altos, como de cartão de crédito e de cheque especial.

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Felipe Matozo
Escrito por

Felipe Matozo

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.