Pix: 4 golpes recentes que você precisa conhecer para se prevenir

Marina Darie

22/04/2022

O surgimento do PIX, em novembro de 2020, trouxe facilidades aos brasileiros. O sistema de pagamentos instantâneos, criado pelo Banco Central (BC), se popularizou rapidamente e, hoje, é a principal forma de pagamento dos brasileiros, superando até mesmo os cartões de crédito e débito. Só no quarto trimestre de 2021, o número de transações aumentou 34%.

Ainda sim, as preocupações não demoraram a surgir. Logo depois de entrar no ar, o PIX já começou a ser utilizado por organizações criminosas para extorquir vítimas, roubar dinheiro e aplicar golpes, em todo o Brasil. Para tentar minimizar os efeitos negativos, tanto o BC, quanto outros bancos, passaram a investir em segurança e elaboraram medidas anti fraudes. 

O que foi feito para trazer mais segurança ao PIX?

Pix: 4 golpes recentes que você precisa conhecer para se prevenir

Você conhece quais são os golpes do PIX que estão sendo aplicados recentemente? Veja quatro deles. (Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Em outubro do ano passado, o Banco Central estipulou o limite de R$1000,00 em transações do Pix Noturno, que é instituído no período entre às 20h e 6h. Os consumidores que quiserem alterar o limite de transações também precisam esperar 24 horas para que a mudança comece a valer. 

Além disso, foram criados mecanismos de proteção de dados, bloqueio cautelar de transferências bancárias, notificação de infração em caso de suspeita de fraude e ampliação da responsabilização das instituições financeiras. 

Quais são os golpes do PIX mais comuns?

Clonagem do WhatsApp

Golpistas clonam a conta do WhatsApp de uma vítima e se passam por ela para pedir dinheiro para os contatos. Normalmente, pessoas que sofrem com esse golpe clicaram em algum link fraudulento anteriormente, o que possibilita a clonagem. Isso também pode ser feito quando os criminosos apenas recriam uma conta no aplicativo de mensagens e se passam pela vítima, com as fotos dela que foram encontradas em redes sociais. 

Centrais de atendimento

Neste caso, os golpistas se passam por funcionários e gerentes de bancos no WhatsApp. Eles entram em contato com as vítimas para oferecer ajuda para cadastrar uma chave Pix ou para informar que é preciso fazer um teste, com o objetivo de registrar chaves. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reforça que os funcionários de bancos não ligam para os clientes para fazer testes com o Pix e não solicitam dados pessoais dos consumidores por telefone. 

Vaga de emprego

Os golpistas postam uma vaga de trabalho falsa em sites de emprego. Quando os interessados se candidatam para a oportunidade, eles são orientados a fazer uma transferência por PIX para reservar a vaga. Por conta dos altos índices de desemprego no país, muitas vítimas caem na fraude e perdem dinheiro. 

QR Code

Os criminosos criam QR Codes falsos para o pagamento por Pix, que direcionam a vítima para sites e páginas fraudulentas e a levam a efetuar a transferência. Em alguns casos, esses QR Codes podem estar disfarçados em boletos falsos de contas básicas, como água e energia elétrica e são enviados por email, por um endereço eletrônico parecido com o de uma empresa oficial. Neste caso, é importante se atentar aos detalhes e verificar o destinatário da transferência bancária antes de confirmá-la. 

Como se proteger de golpes no PIX?

Desde o início dos golpes do PIX, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que os usuários podem alterar o limite de transferências do método de pagamento. Como mencionado anteriormente, essa alteração leva 24 horas para ser concluída e pode evitar grandes danos às contas bancárias dos clientes.

Outras orientações são:

  • Sempre telefone para uma pessoa, caso ela te peça dinheiro por algum aplicativo de mensagem. Confirme com ela todos os detalhes sobre o motivo da transferência e, se possível contate conhecidos dela para verificar se está tudo bem;
  • Se o consumidor receber uma mensagem solicitando alguma atualização bancária, não clique em nenhum link. Entre em contato com o banco, por meio de algum canal oficial antes;
  •  Ative a verificação em duas etapas em aplicativos de mensagem, para evitar que eles sejam clonados;
  • Durante compras online, verifique se a loja virtual realmente existe, se tem endereço físico, número de telefone para contato, se conta com avaliações de consumidores, etc. 

O Banco Central, reforça ainda que o PIX seguro, pois nele é possível verificar nome completo,  parte do número do CPF ou do CNPJ de quem fez ou recebeu a transação.

 

Marina Darie
Escrito por

Marina Darie

Formada em Jornalismo pela PUCPR. Atualmente está cursando Pós Graduação em Questão Social e Direitos Humanos na mesma instituição de ensino. Tem paixão por informar as pessoas e acredita que a comunicação é uma ferramenta que pode mudar o mundo!

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