Por que a inflação CAIU EM AGOSTO? Entenda o que causou essa queda
Saiba quais produtos e serviços tiveram reduções de preço e causaram a chamada "inflação negativa" em agosto.
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a registrar deflação, também conhecida como “inflação negativa”. Dessa vez, o recuo nos preços foi de 0,36%.
Com isso, o país teve o segundo mês consecutivo de deflação, quando a média dos preços varia para baixo, ou seja, quando produtos e serviços apresentam valores mais baixos do que no mês anterior.
Mas dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, apenas dois tiveram queda nos preços em agosto. Além disso, os dois itens com as maiores reduções de preço estão fora do orçamento de muitos brasileiros.
O que explica a queda na inflação em agosto?
Os dois itens que tiveram as maiores quedas em agosto foram a gasolina, que baixou 11,64%, e as passagens áreas, que ficaram 12,07% mais baratas após quatro meses de alta.
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Além disso, também caíram os preços do etanol (8,67%), do óleo diesel (3,76%) e do gás veicular (2,12%).
Com isso, entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, o de Transportes teve a maior deflação (-3,37%) e foi o principal responsável pela inflação negativa em agosto.
Além do grupo de Transportes, apenas o de Comunicação teve queda em agosto (-1,10%). Os principais motivos para essa redução foram os planos de telefonia fixa e de telefonia móvel, que baixaram 6,71% e 2,67%, respectivamente.
Enquanto isso, os outros sete grupos de produtos e serviços ficaram mais caros em agosto. Nesse caso, o bom resultado da inflação de agosto não teve grande impacto direto para muitos brasileiros, já que vários consumidores não utilizam os itens que ficaram mais baratos.
O que ficou mais caro em agosto?
Na contramão da deflação de 0,36% em agosto, um dos grupo que apresentou a maior variação de preço para cima foi o de Saúde e cuidados pessoais (1,31%).
Nesse grupo, as principais altas de preços responsáveis pela inflação se deram em itens de higiene pessoal (2,71%) e do plano de saúde (1,13%). No caso dos planos de saúde, o valor se refere à fração mensal referente ao aumento de 15,5% autorizado pela ANS.
Nos demais seis grupos pesquisados pelo IBGE, as variações de preço observadas em agosto foram as seguintes:
- Alimentação e bebidas – 0,24%;
- Artigos de residência – 0,42%;
- Despesas pessoais – 0,54%;
- Educação – 0,61%;
- Habitação – 0,10%;
- Vestuário – 1,69%.
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