Seu cartão de crédito pode ser cancelado por isso

Você já teve o cartão de crédito cancelado? O No Detalhe traz dois principais motivos que podem explicar esse acontecimento.


Quantos cartões de crédito você tem em sua carteira neste momento? Quais são os valores médios das faturas deles ao final do mês. A verdade é que 88,5% das famílias brasileiras endividadas estão com contas pendentes no cartão de crédito, de acordo com a última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada pela Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

Mesmo sendo vilão, o cartão de crédito continua a ser uma das formas de pagamento mais populares no Brasil. Segundo um levantamento da  Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Sebrae em 2021, as modalidades mais utilizadas são:

  • Dinheiro (71%);
  • PIX (70%);
  • Cartão de débito (66%);
  • Cartão de crédito (57%).

Então o que fazer quando o cartão for cancelado? O que pode levar a isso? O No Detalhe te explica.

Motivo que pode levar ao cancelamento do cartão de crédito

Seu cartão de crédito pode ser cancelado por isso
Falta de uso e o não pagamento da fatura do cartão de crédito podem levar ao cancelamento do serviço. Entenda os detalhes! (Imagem: Pexels / Divulgação)

O principal motivo que causa o cancelamento do cartão de crédito é a falta de pagamento da fatura por um longo período de tempo. Nesse caso, o consumidor é notificado e, se não pagar a dívida, todos os valores relacionados à inadimplência, como da fatura, juros e multas, são somados. 

Para conseguir pagá-lo, o cliente precisa negociar o endividamento com serviços de proteção ao crédito, como Serasa e o Portal Limpa Nome. 

Além disso, em alguns bancos como Nubank, C6, Credicard e Banco Inter, existe a política de cancelamento automático de cartões de crédito que não estão em uso, quando o CPF do cliente está negativado ou há suspeita de fraude.

Problemas em não pagar a fatura

Ao deixar de pagar a fatura do cartão de crédito, o rotativo é acionado. As taxas anuais dele são superiores a 300% e podem chegar a mais de 800%, de acordo com a Agência Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). Em outros países, esse valor gira em torno dos 3%. 

Dados do Banco Central (BC) mostram que, em 2021, a busca pelo rotativo do cartão de crédito foi a maior em dez anos.  O crédito concedido chegou a R$ 224,7 bilhões no ano passado, o que representa uma média mensal de R$ 18,7 bilhões. Em 2020, as concessões no cartão de crédito rotativo para pessoa física totalizaram R$182,7 bilhões, ou R$ 15,2 bilhões por mês. 

O que fazer para evitar o endividamento com o cartão de crédito?

Especialistas orientam que, se possível, o consumidor que está endividado ao pagar a taxa do rotativo do cartão troque-a por qualquer financiamento com juros mais baixos, como é o caso do empréstimo consignado. Isso pode ser feito 30 dias após a abertura da dívida.

Outra ação que deve ser tomada, antes de fazer a contratação do empréstimo, é solicitar à instituição financeira em que a dívida está sendo acumulada pelo Custo Efetivo Total (CET).

Com ele é possível verificar qual é o verdadeiro valor em débitos e, assim, fazer um planejamento financeiro para quitá-los. O consumidor tem o direito a essa informação. Se a instituição não cumprir com a obrigação é possível denunciá-la ao Procon ou Banco Central. 

Quais são os bancos preferidos dos brasileiros?

De todos os cartões de crédito disponíveis no país, o que os brasileiros afirmam ter preferência é o do Nubank. Essa afirmação foi feita em 2019, por uma pesquisa do CardMonitor e o Instituto Medida Certa Pesquisa & Gestão. O levantamento UBS Evidence Lab Brazil Credit Card & Investment Consumer Survey também mostrou isso. 

Veja quais outros bancos que estão seguidos do Nubank:

  • Nubank: preferência de 33% dos entrevistados;
  • Itaú Unibanco: preferência de 16% dos entrevistados; 
  • Bradesco: preferência de 12% dos entrevistados; 
  • Santander Brasil: preferência de 11% dos entrevistados. 

Formada em Jornalismo pela PUCPR. Atualmente está cursando Pós Graduação em Questão Social e Direitos Humanos na mesma instituição de ensino. Tem paixão por informar as pessoas e acredita que a comunicação é uma ferramenta que pode mudar o mundo!