Álcool em Gel se torna obrigatório em cestas básicas
O álcool em gel virou um item necessário para a sobrevivência durante a pandemia de covid-19. Quem lembra que no início de 2020, quando o produto se tornou raridade nas prateleiras de farmácias e supermercados?! As Polícias Civis de vários Estados até mesmo deflagraram diversas operações em que apreenderam litros e mais litros da substância falsificada. Hoje em dia, essa situação foi normalizada, mas o álcool em gel continua sendo importante para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
No município de Tupaciguara, em Minas Gerais, o produto se tornou parte até mesmo da cesta básica.
O que diz a lei?
A Lei 3.080/2021, de autoria dos vereadores Moacir Júnior, Kézia Gomes, Cupim da Aroeira, Túllio Pinhal e Prof. Dalmo Santana foi sancionada pelo Prefeito Francisco Lourenço Borges Neto. Ela inclui o álcool em gel 70% nas cestas básicas distribuídas para famílias em estado de vulnerabilidade social no município mineiro de Tupaciguara.
A lei permite que esse produto fique incluso nas cestas básicas durante a pandemia de covid19, mas também em outras situações emergência motivadas por pandemias como no caso do H1N1 e de outras doenças que possam colocar em perigo a saúde dos cidadãos.
A lei sancionada pelo município de Tupaciguara vale apenas localmente. Apesar disso, o projeto de lei (PL) 1717/20, criado em 2020 pela deputada federal Rejane Dias (PT-PI), inclui o álcool, líquido ou em gel, entre os itens da cesta básica isentos da contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
“A inclusão do álcool entre os itens que compõem a cesta básica pode contribuir favoravelmente para facilitar o acesso da população de baixa renda a esse tipo de produto essencial, que se torna ainda mais importante diante da necessidade de combater a propagação do coronavírus”, afirma Rejane Dias.
Esta proposta, que valeria em todo território brasileiro caso fosse aprovada, ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados.
Quais são os itens da cesta básica 2021?
Atualmente, a cesta básica no Brasil é composta por 13 alimentos: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Esses produtos podem parecer simples, mas para o cidadão, eles saem por muito caro no final do mês.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, em abril de 2021, o custo da cesta básica subiu em 15 capitais brasileiras. As maiores altas foram registradas em:
- Campo Grande (6,02%);
- João Pessoa (2,41%);
- Vitória (2,36%);
- Recife (2,21%).
Já as cestas mais caras foram encontradas em:
- Florianópolis (R$ 634,53);
- São Paulo (R$ 632,61);
- Porto Alegre (R$ 626,11);
- Rio de Janeiro (R$ 622,04).
Alguns dos produtos que sofreram alta nos preços entre março e abril e causaram o aumento do valor da cesta básica nas 15 capitais foram:
- a carne bovina de primeira aumentou em 15 cidades em relação a março;
- o açúcar apresentou elevação de preço em 15 capitais;
- o café em pó teve elevação em 14 cidades;
- o preço médio do óleo de soja subiu em 14 capitais;
- o quilo da manteiga aumentou em 14 cidades;
- o quilo do feijão teve o valor médio elevado em 13 capitais;
- o valor do tomate aumentou em 13 capitais;
Já os preços da banana recuaram em 13 cidades.
Segundo o Dieese, o trabalhador que ganha um salário mínimo no Brasil gastou, em abril, na média, 54,36% do que foi recebido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta viver durante um mês.
Qual a eficácia do álcool em gel na prevenção à Covid-19?
O álcool em gel 70% é eficaz na prevenção à covid-19 e se tornou um grande aliado no dia a dia de quem não pode ficar em isolamento social. De acordo com o Conselho Federal de Química (CFQ), ele é útil para a higienização da pele e de superfícies.
“Para este propósito, o grau alcoólico recomendado é 70%, condição que propicia a desnaturação de proteínas e de estruturas lipídicas da membrana celular, e a consequente destruição do microrganismo.”, afirmou o presidente do CFQ, José de Ribamar Oliveira Filho no início da pandemia de covid19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde o Brasil também recomendam o uso do item.
Ao escolher um produto para passar na pele, prefira o álcool em gel 70% hidratado, para não ressecar as mãos em demasia.
Fontes: Jornal do Triângulo,Agência Câmara, Dieese e CFQ