Quais os golpes mais comuns com o PIX? Veja como se proteger

De acordo com a Febraban, golpes financeiros aumentaram 165% no primeiro semestre de 2012. Veja os golpes de Pix mais comuns.


Neste mês de novembro, o Pix completa um ano de funcionamento. O sistema de pagamentos instantâneos facilitou transações financeiras no Brasil e foi amplamente aceito por empresários e consumidores. De acordo com o Mercado Livre, os vendedores que aceitam esse método de pagamentos têm um ticket médio 54% maior do que é obtido com outras formas, como cartão de crédito ou boleto.

Nesta semana, o diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central (BC), João Manoel Pinho de Mello, também informou que cerca de 104,4 milhões de brasileiros já fizeram um pagamento via Pix, o que representa 62,4% da população adulta. A maioria das pessoas que utilizam o sistema são jovens e adultos.

Mas que utiliza  a ferramenta do BC já sabe que os golpes financeiros estão amplamente disseminados, justamente pela facilidade de transferir dinheiro de uma conta para outra, apenas com alguns toques na tela do celular. Até setembro deste ano, a Receita Federal bloqueou mais de 2,7 milhões de tentativas de fraudes envolvendo o PIX.

Veja quais são os golpes mais comuns que envolvem o Pix
Veja quais são os golpes mais comuns que envolvem o Pix e como se proteger deles. (Imagem: PixaBay / Divulgação)

Quais são os golpes mais comuns com o PIX?

Clonagem do WhatsApp

Golpistas clonam a conta do WhatsApp de uma vítima e se passam por ela para pedir dinheiro para os contatos. Normalmente, pessoas que sofrem com esse golpe clicaram em algum link fraudulento anteriormente, o que possibilita a clonagem. Isso também pode ser feito quando os criminosos apenas recriam uma conta no aplicativo de mensagens e se passam pela vítima, com as fotos dela que foram encontradas em redes sociais.

Centrais de atendimento

Neste caso, os golpistas se passam por funcionários e gerentes de bancos no WhatsApp. Eles entram em contato com as vítimas para oferecer ajuda paracadastrar uma chave Pix ou para informar que é preciso fazer um teste, com o objetivo de registrar chaves. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reforça que os funcionários de bancos não ligam para os clientes para fazer testes com o Pix e não solicitam dados pessoais dos consumidores por telefone.

Bug do Pix e premiação

Esse golpe utiliza uma Fake News, ou notícia falsa, para atrair vítimas. São compartilhadas mensagens em aplicativos, que informam que o Pix tem um bug. Com essa falha, quando uma pessoa transfere dinheiro para contas aleatórias, ela recebe prêmios especiais. Isso é mentira e não acontece na vida real.

Pix Cobrança por QRCode

Os criminosos criam QRCodes falsos para o pagamento por Pix, que direcionam a vítima para sites e páginas fraudulentas e a levam a efetuar a transferência.

Como se proteger dos golpes mais comuns?

Veja algumas dicas para se proteger dos golpes mais comuns no Pix:

  1. Desconfie de desconhecidos e não faça pagamentos sem se certificar da pessoa que vai recebê-lo;
  2. Baixe um antivírus no celular;
  3. Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp para evitar clonagens;
  4. Escolha senhas difíceis, tanto para o banco, quanto para o WhatsApp e celular. Evite datas de nascimento ou números sequenciais, como 1234, por exemplo.
  5. Verifique a procedência e veracidade de uma mensagem antes de acreditar no conteúdo dela;
  6. Não clique em links que são de sites desconhecidos;
  7. Entre em contato com os canais oficiais do banco caso algum suposto funcionário entre em contato por WhatsApp ou um canal informal.
  8. Se mantenha informado sobre os golpes que mais acontecem atualmente.

Golpes financeiros

Um levantamento realizado pela Febraban aponta para o crescimento de 165% nos golpes de engenharia social no primeiro semestre de 2021 em comparação com o segundo semestre de 2020. Esse tipo de fraude é caracterizada por manipulação psicológica do consumidor, para que ele forneça informações confidenciais ou faça transações em favor de golpistas.

As ocorrências mais comuns foram:

  • Falso motoboy;
  • Falsa central de atendimento;
  • Phishing, que induzem a vítima a clicar em links fraudulentos.

A Febraban e seus bancos associados investem constantemente e de maneira massiva em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de golpes e a ter segurança em suas transações no ambiente digital. Queremos contribuir para o desenvolvimento da consciência digital no Brasil”, diz o diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Federação, Adriano Volpini.

 

Formada em Jornalismo pela PUCPR. Atualmente está cursando Pós Graduação em Questão Social e Direitos Humanos na mesma instituição de ensino. Tem paixão por informar as pessoas e acredita que a comunicação é uma ferramenta que pode mudar o mundo!