Em agosto, o governo começou a pagar as parcelas de R$ 600 do Auxílio Brasil, mas o valor extra de R$ 200 no benefício vai continuar sendo pago somente até dezembro de 2022, ano de eleição presidencial.
No entanto, as eleições podem trazer novas possibilidades para o auxílio. Afinal, o ex-presidente Lula (PT), candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto, vem falando que pretende manter o benefício de R$ 600.
No último sábado, o petista voltou a dizer que manterá este valor em uma live com o deputado federal André Janones (Avante), que desistiu de sua candidatura à presidência depois que Lula aceitou incluir a manutenção do auxílio de R$ 600 entre as suas propostas.
Lula diz que auxílio vai continuar em R$ 600 se ele ganhar as eleições
Durante a live com André Janones, deputado que defende a proposta de um auxílio de R$ 600 para famílias de baixa renda, Lula disse que “a única possibilidade de o Auxílio Emergencial continuar” é se ele vencer as eleições.
Tanto o ex-presidente quanto o deputado usaram a expressão “Auxílio Emergencial” durante a live, fazendo referência ao benefício de R$ 600 pago no primeiro ano da pandemia de covid-19 no Brasil.
Segundo Janones, o presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia ter continuado com o benefício de R$ 600, mas determinou o fim do Auxílio Emergencial “de forma indireta”.
Atualmente, o benefício com este valor está garantido somente até o final de 2022 por conta da “PEC Kamikaze”, que declara estado emergência para permitir o aumento em ano eleitoral.
Em julho, Lula já havia prometido um “Bolsa Família” de R$ 600 em entrevista ao UOL. Mas o ex-presidente afirmou que é preciso considerar “o número de pessoas por família”; logo, o benefício não deve ter o mesmo valor para todos os participantes.
Bolsonaro também promete manter o valor
Lula não é o único candidato a afirmar que o auxílio vai continuar sendo de R$ 600 no próximo ano em caso de vitória. O próprio presidente Bolsonaro afirma que, se reeleito, a manutenção do valor é “um dos compromissos prioritários” do seu governo.
No entanto, Bolsonaro sancionou o orçamento para 2023 sem prever uma verba para manter o valor do benefício.
Felipe Matozo
Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
