Confirmada a destruição do Antonov An-225; Quais os impactos para a economia global?
Descubra aqui como a destruição do Antonov An-225, até então maior avião cargueiro em operação no mundo, afeta a economia global.
Recentemente, o governo ucraniano confirmou a destruição do maior avião do mundo, o famoso Antonov An-225, depois de um bombardeio no Aeroporto de Gostomel, na capital da Ucrânia, Kyiv, em decorrência da invasão do país pela Rússia.
Rumores sobre a destruição do avião passaram a circular nas redes sociais desde o final de fevereiro de 2022, mas a informação foi confirmada apenas recentemente. Nesta sexta-feira (4), inclusive, uma TV estatal russa divulgou imagens do avião, chamado “Mriya” (“sonho”, em ucraniano), completamente destruído.
Considerado antes da destruição como o maior avião em operação, o Mriya tinha capacidade de incríveis 640 toneladas, decolando graças à presença de seis motores e trens de pouso compostos por 32 pneus. Ele havia passado recentemente por uma manutenção, tendo recebido uma troca de motor e implementações no sistema de navegação.
O governo ucraniano já se pronunciou sobre a destruição do Antonov An-225 e prometeu reconstruí-lo assim que possível.
Destruição do Antonov An-225: quais os impactos na economia?
É bem possível que a destruição do Antonov An-225 traga algumas consequências para a economia global, embora que pequenas, já que há outros aviões cargueiro de grande porte em circulação, como o Statolaunch (até 590 toneladas), o Aribus A380 (572 toneladas) e o Boeing 747 (447,7 toneladas).
Embora conseguisse levantar voo com até 640 toneladas, isso não significa que o Antonov An-225 conseguia transportar tudo isso de carga, pois o valor já incluía o peso da própria aeronave. Na prática, ele tinha capacidade para transportar até 250 toneladas em seu compartimento de carga, e por isso era usado para o transporte de peças entre indústrias.
Por exemplo: em 2016, o Antonov An-225 foi utilizado para transportar do Brasil (passando pelos aeroportos de Guarulhos e Campinas) um gerador de 150 toneladas (mais a base do equipamento) em direção ao Chile. Anos antes, em 2010, ele transportou 110 toneladas de equipamentos de construção civil de Tóquio para o Aeroporto de Santo Domingo, no Haiti, para ajudar na reconstrução do país após o terremoto. Em seguida, ele transportou três válvulas para a Refinaria de Paulínia (REPLAN), pousando no Aeroporto Internacional de São Paulo, a serviço da Petrobrás.
Agora, por ter sido tragicamente retirado de operação, a economia de vários países pode ser afetada a longo prazo, pois o transporte de grandes peças e maquinários pode se tornar mais difícil — e, principalmente, mais caro.
Dentre as opções disponíveis, além dos demais aviões cargueiros mencionados nesta matéria, é possível fazer o transporte destas peças por terra. Porém, um transporte por terra custa bem mais caro e leva bem mais tempo do que pelo ar, já que nem mesmo as ruas são projetadas para suportar tanto peso.
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