Decisão de Bolsonaro vai custar R$ 6,4 bilhões aos cofres públicos; entenda a polêmica
Governo Bolsonaro irá gastar R$ 6,4 bilhões com benefícios extras antes do segundo turno das eleições 2022, gerando polêmica.
Em busca da reeleição no próximo dia 30 de outubro, o governo de Jair Bolsonaro (PL) irá gastar R$ 6,4 bilhões em auxílios extras até o 2º turno, o que vem gerando polêmica por conta das eleições 2022.
Entre os benefícios que não estavam incluídos no Orçamento deste ano e serão pagos até o próximo dia 30 estão os aumentos no Auxílio Brasil e no Vale-Gás, e os auxílios para caminhoneiros e taxistas.
Na última segunda-feira (03/10), um dia após o 1º turno, o governo também anunciou a antecipação dos pagamentos do Auxílio Brasil e do Vale-Gás.
Por que os gastos do governo Bolsonaro geram polêmica?
A polêmica envolvendo os benefícios extras começou durantes as discussões da chamada “PEC Kamikaze”, que permitiu os pagamentos destes auxílios.
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Isso porque as medidas previstas na PEC, incluindo no valor do Auxílio Brasil para R$ 600, começaram a valer pouco antes das eleições 2022, e seguem somente até o final deste ano.
Com isso, os benefícios extras passaram a ser vistos como “eleitoreiros”, ou seja, uma estratégia do governo pensando nas eleições.
Agora, faltando menos de 30 dias para o 2º turno, o governo libera R$ 6,4 bilhões para gastos que não estavam previstos no Orçamento.
Governo anunciou novas medidas um dia depois do 1º turno
Na segunda-feira, um dia após o 1º turno, o governo confirmou a antecipação dos pagamentos de outubro do Auxílio Brasil e do Vale-Gás.
Um dia depois, na terça-feira (04), o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, anunciou a inclusão de 500 mil famílias no Auxílio Brasil. Além disso, a Caixa confirmou que planeja oferecer o empréstimo consignado ligado ao benefício a partir da segunda metade de outubro.
As medidas do governo representam a tentativa de Bolsonaro de tirar votos do ex-presidente Lula (PT) entre os eleitores de baixa renda. No 1º turno, o atual presidente ficou mais de 6 milhões de votos atrás do petista.
Bolsonaro também promete pagar o 13º salário do Auxílio Brasil em 2023, caso reeleito, mas ainda não disse como faria isso. No Orçamento para o próximo ano, já assinado pelo presidente, não há espaço nem para para manter o Auxílio Brasil de R$ 600.
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