Empréstimo do Auxílio Brasil SANCIONADO; já é possível contratar?
O empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil foi sancionado nesta quarta-feira. Veja como funciona e se já está disponível.
O empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (03/08).
Com isso, quem participa do auxílio ou de outros programas de transferência de renda, como o BPC, já pode contratar crédito com desconto direto nas parcelas do benefício.
Como funciona o empréstimo consignado do Auxílio Brasil?
O texto sancionado pelo presidente permite que participantes do Auxílio Brasil contratem um empréstimo e autorizem o governo a descontar até 40% do benefício mensal para pagamento das parcelas.
Ou seja, com o novo auxílio de R$ 600 que começa a ser pago no próximo dia 9 de agosto, será possível pagar parcelas de até R$ 240 por mês do consignado.
Por outro lado, isso faz com que sobrem apenas R$ 360 por mês para o beneficiário arcar com as demais despesas. Como o Auxílio Brasil é pago a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, a medida recebeu muitas críticas de especialistas.
Afinal, além de permitir que os bancos fiquem com quase metade do benefício pago a famílias pobres, a nova lei pode fazer com que instituições se aproveitem do baixo grau de instrução de beneficiários do programa para lucrar.
Mesmo antes de Bolsonaro sancionar a medida, já haviam registros de tentativas de golpes envolvendo o empréstimo do Auxílio Brasil.
Bancos são livres para definir os juros
Outro ponto do empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil que é alvo de críticas de especialistas é a liberdade que os bancos terão para definir as taxas de juros. Com isso, há registros de instituições cobrando juros de quase 100% ao ano por este tipo de crédito.
A economista e coordenadora do programa de serviços financeiros do Idec, Ione Amorim, classificou a medida como um “absurdo” e uma “covardia”.
Segundo ela, a lei sancionada por Bolsonaro serve apenas para dar mais dinheiro aos bancos às custas do endividamento de uma população que mal consegue se alimentar.