Estes foram os produtos que mais subiram de preço no último ano e a vilã é uma velha conhecida

Felipe Matozo

08/07/2022

Os números do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgados nesta sexta-feira (08/07) pelo IBGE, mostram que a inflação acelerou em junho. O índice chegou a 11,89% no acumulado em 12 meses, e entre os produtos e serviços que mais subiram de preço no período estão alguns vilões conhecidos.

Em 12 meses até junho, o item que mais subiu no país foi a passagem aérea, que ficou 122,4% mais cara. Ou seja, mais que dobrou de preço no período.

Mas os itens que mais aparecem no topo da lista de produtos que mais subiram são os alimentos, que ocupam 12 das 15 primeiras posições do ranking.

Produtos e serviços que mais subiram de preço no último ano

Estes foram os produtos que mais subiram de preço no último ano e a vilã é uma velha conhecida

Alimentos são maioria na lista de itens que mais subiram de preço. Foto: Reprodução

De acordo com os dados do IPCA, que é a inflação oficial do país, os 15 itens que mais subiram de preço em 12 meses até junho são os seguintes:

  1. Passagem aérea – 122%;
  2. Pepino – 95,81%;
  3. Cenoura – 83,99%;
  4. Abobrinha – 82,99%;
  5. Melão – 78,37%;
  6. Batata-inglesa – 76,01%;
  7. Morango – 75,03%;
  8. Mamão – 74,55%;
  9. Tomate – 67,04%;
  10. Transporte por aplicativo – 62,56%;
  11. Café moído – 61,83%;
  12. Cebola – 60,39%;
  13. Óleo diesel – 56,36%;
  14. Pimentão – 48,96%;
  15. Manga – 46,52%.

O óleo diesel, que ficou 56,36% mais caro em um ano, foi o único combustível a subir de preço em junho. Já a gasolina, que vinha ajudando a puxar a inflação para cima nos últimos meses, desacelerou em junho.

Apesar disso, a disparada dos preços continua sendo uma realidade no Brasil. Segundo os números do IPCA, 67% dos cerca de 360 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE ficaram mais caros em junho.

Como a inflação alta afeta seu poder de compra?

A inflação medida pelo IPCA representa o aumento nos preços de produtos e serviços ao longo do tempo. Nesse caso, quanto maior a inflação, menor o poder de comprar dos brasileiros.

Afinal, enquanto os preços vão subindo mês a mês, os salários dos trabalhadores não costumam acompanhar estas variações, pois o reajuste no salário mínimo, por exemplo, acontece só uma vez por isso.

Sendo assim, o efeito prático da alta da inflação é que o salário vai comprando cada vez menos itens. Como alguns dos principais vilões da inflação são itens essenciais, como alimentos e combustíveis, o peso da inflação alta recai principalmente sobre os mais pobres.

Felipe Matozo
Escrito por

Felipe Matozo

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.

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