De 10 vagas de emprego abertas 7 são preenchidas por jovens em 2021


Conquistar uma entre tantas vagas de emprego ainda é um grande desafio para os jovens. Durante esse percurso, várias pedras podem aparecer pelo caminho deles: falta de experiência, baixos níveis de escolaridade, necessidade de sustentar a família… apesar disso, parece que o futuro está abrindo portas para essa faixa etária

Pessoas com menos de 30 anos preencheram 677.732 das 957.889 vagas de trabalho com carteira, que foram criadas entre janeiro e abril. A partir deste dado é possível afirmar que a retomada nas contratações é liderada pelos jovens. 

Vagas de emprego conquistadas pelos jovens

Jovens conquistam vagas de emprego nos quatro primeiros meses do ano
Jovens conquistam a maioria das vagas de emprego entre janeiro e abril de 2021. Veja os dados completos do Caged,

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, o maior número de vagas de emprego foi conquistado pelos mais jovens, de 18 a 24 anos. Os homens foram mais contratados, em 574.691 posições. Já as mulheres conseguiram 383.198 vagas. 

Veja como foi a contratação de profissionais jovens entre janeiro e abril de 2021:

  • Menores de 17 anos: saldo positivo de 73.601 postos de trabalho criados; 
  • 18 a 24 anos: 450.788 vagas, o que representa 47% de todas admissões com carteira de trabalho realizadas em 2021;
  • 25 a 29 anos: 153.343 admissões a mais do que demissões nos quatro primeiros meses de 2021.

Dos jovens contratados, 66,4% possuem ensino médio completo. Nesse caso, as vagas de emprego foram marcadas majoritariamente pelo setor de produção de bens e serviços industriais. Já os profissionais admitidos com ensino superior completo, foram contratados principalmente nas áreas de ciências e artes. 

Desafios para os jovens conseguirem vagas de emprego

No início desta matéria, foram citadas algumas dificuldades enfrentadas pelos jovens na hora de conquistar o sonhado trabalho com carteira assinada. Mas uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios, o Nube, mostra que os próprios profissionais acabam se limitando. 

De acordo com o levantamento, realizado com 31.849 brasileiros entre 15 e 29 anos em março deste ano, os jovens se consideram profissionais medianos. Pelo menos essa foi a resposta de 55,2% dos entrevistados. Apenas 30% deles se enxergam como os melhores em uma entrevista de emprego. 

Para a Vitória Sorato, analista de seleção do Nube, não tem fórmula mágica. Se uma pessoa acredita que ela é mediana, está na hora de verificar como ela pode se tornar um profissional melhor! “É crucial ter uma constante vontade de aprender e se desenvolver. Além disso, precisamos estar abertos a descobrir novidades no mundo dos negócios, pois há uma constante mudança à qual precisamos no atentar”, afirma Sorato. 

Veja algumas dicas do Núcleo para se manter atualizado como profissional:

  • Mantenha-se sempre explorando novos aprendizados;
  • Tenha foco na profissão escolhida para sua carreira
  • Seja comprometido com suas metas;
  • Busque conhecimento;
  • Confie em si mesmo.

Um profissional quando se avalia como abaixo da média do mercado, inicialmente, precisa entender o motivo de se classificar dessa forma para, então, saber como melhorar (…) o planejamento precisa ser construído com base em sua realidade. Isto é, se autoconhecer é fundamental, para então iniciar um processo de desenvolvimento pessoal e profissional”, reforça a analista de seleção. 

PL quer incentivar o primeiro emprego 

Um projeto de lei aprovado no Senado quer simplificar o processo de contratação de jovens, que querem ter um primeiro emprego. Com isso, as empresas teriam os seguintes incentivos:

  • redução do INSS patronal de 20% para até 1%;
  • redução da alíquota do FGTS de 8% para 1% no primeiro ano de contratação.

O autor do projeto é o senador Irajá (PSD-TO). Ele defende que as pessoas que buscam a primeira vaga de trabalho precisam ser tratadas de forma diferente. “[Esses jovens] não possuem experiência profissional e exatamente por essa razão que as oportunidades minguam. E o papel do estado brasileiro é conduzir os desiguais a um tratamento especial que estimule o mercado de trabalho a dar oportunidade para esses jovens (…) A empresa tem como contrapartida nesse primeiro ano de emprego capacitar e qualificar o jovem e isso requer investimento, é importante que isso fique claro. É apenas um ano em que o jovem poderá ser contemplado por uma série de esforços de empresas, do governo e dele próprio”, diz. 

Para serem contratados dessa forma, os jovens devem estar matriculados em cursos superior ou profissionalizante. O projeto, agora, está na Câmara dos Deputados para análise. 

Fontes: R7 e Agência Brasil

 

Formada em Jornalismo pela PUCPR. Atualmente está cursando Pós Graduação em Questão Social e Direitos Humanos na mesma instituição de ensino. Tem paixão por informar as pessoas e acredita que a comunicação é uma ferramenta que pode mudar o mundo!