Pressionado, presidente da Petrobras pede demissão
O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu demissão do cargo nesta segunda-feira após sofrer pressão pelo reajuste de preço.
Nesta segunda-feira, 20 de junho de 2022, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu demissão do cargo. Ele já estava na “corda-bamba” desde a recente decisão da Petrobras de reajustar o preço da gasolina (em 5,2%) e do diesel (14,2%).
Além disso, neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro comentou publicamente sobre a possibilidade de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a empresa, o que também pode ter motivado o pedido de demissão por parte de José Mauro Coelho.
Lembrando que Bolsonaro já planejava colocar outro nome no cargo, o Secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, desde o dia 24 de maio. Mauro Coelho, entretanto, conseguiu se manter no posto até agora. Caso não tivesse renunciado, a assembleia de acionistas possivelmente o destituiria.
Em um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o conselho da administração afirmou que examinará a nomeação de um presidente interino. Horas depois, Fernando Borges, Diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, foi escolhido para assumir interinamente a presidência da Petrobras.
Negociação de ações da Petrobras estão suspensas
Após o comunicado ao mercado sobre a renúncia de José Mauro Coelho, as ações da Petrobras abriram suspensas para negociação na Bolsa de Valores. Essa suspensão é temporária e comum, sendo realizada sempre que há algum movimento mais delicado que pode provocar oscilações nos preços das ações.
Lembrando que as ações da Petrobras já haviam sofrido um abalo semana passada, após lideranças políticas, como o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tecerem duras críticas à empresa após o reajuste de preços.
Ainda não sabemos se a troca de liderança será o suficiente para acalmar os ânimos políticos em torno da estatal, nem se Bolsonaro desistirá do plano de instalar uma CPI para investigar a empresa.
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