Rio de Janeiro estende vacinação contra gripe até agosto
Quem perdeu a vacinação contra a gripe, pode ficar mais tranquilo. O Rio de Janeiro estendeu a campanha de imunização para a influenza até o dia 30 de agosto. Crianças a partir de seis meses de idade até adultos com 60 anos podem buscar um posto para tomar a dose, que garante proteção a pelo menos três tipos de vírus da gripe.
Os imunizantes estão sendo distribuídos para a população nas unidades de atenção primária, como clínicas da família e centros municipais de saúde do Rio de Janeiro. A prefeitura quer vacinar 2,2 milhões de habitantes até agosto.
O atendimento é feito por faixa-etária e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Escalonamento para vacinação contra gripe no Rio de Janeiro
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, quem estiver interessado em participar da vacinação contra a gripe precisa respeitar o escalonamento por faixa etária. Ele foi estabelecido da seguinte forma:
- Até 28 de julho: pessoas de seis meses a 17 anos;
- Entre 21 e 30 de julho: grupo de 51 a 60 anos;
- De 28 de julho a 10 de agosto: pessoas de 41 a 50 anos;
- Entre 10 e 18 de agosto: adultos de 31 a 40 anos;
- De 18 a 30 de agosto: jovens e jovens adultos de 18 a 30 anos.
Grupos que já foram vacinados contra gripe
Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde, o Rio de Janeiro já fez uma campanha para vacinar grupos prioritários.
Eles são:
- idosos a partir de 60 anos;
- crianças de seis meses a cinco anos;
- gestantes e mulheres até 45 dias após o parto;
- indígenas e quilombolas; pessoas com comorbidades ou deficiência permanente;
- trabalhadores da saúde e da educação;
- caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo e de longo percurso; portuários;
- população privada de liberdade,
- adolescentes sob medidas socioeducativas e
- funcionários do sistema prisional; forças de segurança e salvamento e forças armadas.
Quem pertence a algum desses públicos e não tomou a vacina contra a gripe, pode buscar as unidades de saúde primárias para receber a dose do imunizante.
Vacinação contra a gripe e covid-19
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, é necessário esperar, no mínimo, 14 dias para tomar a vacina da gripe após receber a imunização contra a covid-19. A instituição faz essa recomendação pois ainda não existem estudos sobre a administração das duas vacinas ao mesmo tempo.
Esse intervalo de espera vale para todos os imunizantes que geram proteção contra o novo coronavírus: Astrazeneca/Oxford, Coronavac, Pfizer e Janssen.
Como a vacinação contra a gripe ajuda a combater a pandemia?
Um dos principais motivos para a recomendação da população tomar a vacina da gripe, principalmente em tempos de pandemia, é a pressão sob os hospitais, prontos socorros e sistema de saúde de forma geral.
Pacientes com graves quadros de influenza podem ser internados e até mesmo chegar a óbitos. Essa situação somada a altos índices de internamento pela covid-19 no Brasil, agravam a crise de saúde no país.
A vacina da gripe é importante pois previne contra a infecção do vírus Influenza. Além disso, alguns estudos sugerem que pacientes vacinados contra influenza apresentam menores chances de desenvolverem quadros graves de Covid-19. A vacinação contra a gripe também auxilia no diagnóstico da Covid-19, uma vez que ao estar vacinado contra a Influenza, pacientes com quadros gripais passam a ter a hipótese de infecção pelo Influenza afastada e o diagnóstico de Covid-19 passa a ser mais assertivo”, afirma o infectologista Rafael Pardo, que atua em unidades de saúde da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).
Um desses estudos, mencionado por Pardo, foi apresentado no European Congress of Clinical Microbiology & Infectious Diseases (ECCMID) e desenvolvido por pesquisadores da University of Miami Miller School of Medicine, nos Estados Unidos.
A pesquisa analisou 75 mil pacientes com covid-19. Os que a vacina para a influenza tiveram menos casos de AVC, trombose venosa profunda (TVP), sepse e precisaram ser internados um número menor de vezes.
O estudo desenvolvimento pela universidade americana usou como base pacientes dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Israel e Singapura.
Fontes: Agência Brasil, Fiocruz, SPDM e Uol