Compartilhamento de dados do Open Banking começa sexta-feira, 13 de agosto

Marina Darie

13/08/2021

Você sabe o que é Open Banking? A partir desta sexta-feira é importante você descobrir. Esse sistema nada mais é do que uma autorização que o cliente de um banco dá, para que seus dados pessoais e financeiros sejam compartilhados com outras instituições bancárias. 

O objetivo do Open Banking é facilitar o acesso a produtos e serviços bancários, como empréstimos e cartões de crédito. 

Mas por que é importante que os clientes de bancos descubram o que é esse sistema? Bom, a partir de hoje, sexta-feira, essa troca de dados está autorizada no Brasil. Essa, na realidade, é a segunda fase do Open Banking. 

É nesta segunda fase de implementação que se iniciará uma interação mais direta com o cliente final. O Open Banking no Brasil, embora com um cronograma muito desafiador e um escopo bem abrangente, incentiva a inovação e tende a intensificar as ofertas de valor para os usuários, com novos produtos e serviços, acelerando a transformação digital do mercado financeiro. A expectativa do setor bancário com sua implantação completa é bastante positiva”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.

Quais são as fases da implementação do Open Banking no Brasil?

Mais uma fase do Open Banking começa hoje. Entenda

Segunda fase do Open Banking começa hoje, 13 de agosto. (Imagem: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

A primeira fase de implementação do Open Banking no Brasil começou em fevereiro deste ano. Nesta sexta-feira, deu-se início à segunda etapa. Ao todo, são quatro fases, que vão até setembro de 2022. 

Todas elas foram reguladas pela resolução nº109 do Banco Central.

  • Primeira fase (01/02/2021): Os bancos participantes divulgaram informações de seus produtos e serviços. Os dados ficam disponíveis publicamente para que empresas privadas possam consultá-los e, assim, desenvolver sistemas e aplicativos que podem compará-los;
  •  Segunda fase (13/08/2021): Dados de clientes de instituições financeiras, como informações de cadastro, de contas e operações de crédito, podem ser compartilhados entre os bancos participantes do Open Banking. Isso só pode ser feito mediante autorização do cliente. A troca de informações permite que o consumidor receba propostas e simulações de empréstimos e financiamentos de outras instituições;
  • Terceira fase (30/08/2021): A partir desta data o cliente vai poder fazer transferências ou pagamentos fora do aplicativo bancário ou do internet banking;
  • Quarta fase (15/12/2021): Essa fase será desenvolvida em duas etapas, em dezembro de 2021 e maio de 2022. Ela possibilitará o compartilhamento de informações sobre operações de câmbio, investimentos, seguros e contas-salário dos clientes. 

 

Com a fase 4, teremos a consolidação da implementação de todo o cronograma do Open Banking. Mas é importante lembrar que o sistema, que gera uma série de oportunidades e novos negócios, estará em constante evolução e exigirá investimentos contínuos dos participantes ao longo do tempo, com pleno potencial para revolucionar os produtos e serviços em nosso mercado financeiro”, ressalta Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da FEBRABAN.

Outras datas importantes do Open Banking que estão previstas:

  • 30/08/2021: As transferências via Pix entrarão no Open Banking;
  • 15/02/2022: transferências via TED e transferências eletrônicas entre contas de uma mesma instituição entrarão no Open Banking;
  • 30/06/2022: Os boletos entrarão no Open Banking;
  • 30/09/2022: O serviço de débito de conta começar a ser compartilhado entre os participantes do Open Banking.

Como a segurança é garantida no Open Banking?

É obrigatório que médios e grandes bancos do Brasil participem do sistema. Para isso eles devem estar enquadrados em dois níveis:

  • S1: Bancos com porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ou que exerçam atividade internacional relevante;
  • S2: Bancos com porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB;

Outras instituições financeiras têm a participação facultativa. 

Esses setores financeiros são regulados e fiscalizados pelo Banco Central. Eles devem seguir padrões rígidos de privacidade, segurança de dados pessoais e sigilo bancário.

Todos os anos, os Bancos investem R$ 25,7 bilhões em tecnologia. Cerca de 10% deste valor é direcionado para cibersegurança;

A Febraban também ressalta que o Open Banking vai contar com diversas camadas de segurança e seguir padrões consolidados no sistema bancário.

Como proteger dados bancários?

Todo o compartilhamento de dados do Open Banking deve ser feito com autorização explícita do cliente. Caso o cidadão não queira, as informações pessoais dele não serão repassadas entre instituições. 

Quem ainda tem medo de golpes e quer proteger dados pessoais e bancários ainda mais, pode seguir essas dicas da Febraban:

  • Não escolha senhas que possam ser facilmente descobertas, como datas de nascimento ou números de telefone;
  • Nunca guarde a senha junto com o cartão de crédito/débito;
  • Não forneça sua senha caso algum suposto funcionário de banco te solicitar;
  • Sempre solicite a sua via do comprovante de pagamento e confira o valor pago. 

Fonte: Febraban

Marina Darie
Escrito por

Marina Darie

Formada em Jornalismo pela PUCPR. Atualmente está cursando Pós Graduação em Questão Social e Direitos Humanos na mesma instituição de ensino. Tem paixão por informar as pessoas e acredita que a comunicação é uma ferramenta que pode mudar o mundo!

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