Bancos aumentam taxa de juros para todo o tipo de crédito em setembro
As instituições financeiras aumentaram as taxas de juros para todas as linhas de crédito a partir de setembro. O cartão de crédito lidera a alta, passando para 12,50% ao mês e 310,31% ao ano, de acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Por que houve aumento da taxa de juros?
Um dos principais motivos para o aumento da taxa de juros é a sequência de altas nos últimos meses da taxa Selic, devido ao aumento da inflação.
A Selic é a taxa de juros básica do país e ela influencia todas as outras adotadas por bancos. Todas as vezes que a Selic sobe, demais taxas também aumentam, encarecendo serviços de crédito.
Curiosamente, a tendência apontada pelo mercado é de que a Selic aumente ainda mais até o final do ano e continue em alta em 2022, devido à subida da inflação.
O aumento da taxa básica de juros pelo Banco Central tem como finalidade controlar a inflação, evitando a desvalorização da moeda e redução do poder de compra da população.
Taxas de juros para crédito em setembro de 2021
As taxas de juros de todos os produtos de crédito bancário aumentaram de agosto para setembro de 2021. A média para pessoa física subiu 1,17% no mês e 1,58% ao ano.
Já o juro médio passou de 5,99% ao mês para 6,06%. Se a comparação for ao ano, passou de 100,99% para 102,59%. De acordo com o levantamento da Anefac, é a maior taxa de juros desde dezembro de 2019.
A maior alta é do cartão de crédito, que passou para 12,50% ao mês e 310,99% ao ano. A segunda maior alta é a do empréstimo pessoal, que tem taxa de juros de 3,45% ao mês e 50,23% ao ano.
Como a perspectiva é que a inflação e a taxa Selic continuem altas, portanto, o cenário de aumento de taxas de juros deve ser mantido nos próximos meses, tornando a tomada de crédito e financiamentos ainda mais caros. Confira, a seguir, como ficou a taxa de juros para diferentes produtos:
Cartão de crédito
As taxas de juros subiram de 12,30% ao mês para 12,50%. No que se refere ao acumulado do ano, o aumento foi de 303,31% para 310,99%. É a maior taxa desde março de 2018.
Cheque especial
A alta da taxa de juros do cheque especial foi de 7,38% para 7,42% ao mês, com acumulado de 135,01% para 136,06% ao ano. Trata-se da maior taxa desde dezembro de 2019.
Juros do comércio
A alta foi de 4,84% ao mês para 4,86%, com acumulado de 76,33% passando para 76,73. Esta é a maior taxa desde outubro de 2019.
Empréstimo pessoal
No banco, o empréstimo pessoal passou de 3,40% ao mês para 3,45%, com acumulado ao ano de 49,36% para 50,23%. É a maior taxa desde outubro de 2019.
Já nas financeiras, o empréstimo pessoal passou de 6,48% para 6,52%. No acumulado do ano, a taxa subiu de 112,43% para 113,39%.
CDC de bancos para financiamento de automóveis
A taxa de juros de financiamento de automóveis foi de 1,56% ao mês para 1,58%, com um acumulado anual que passou de 20,41% para 20,70%. Trata-se da maior taxa desde junho de 2019.
Como economizar na tomada de crédito?
As taxas de juros de produtos de crédito estão mais altas, mas mesmo assim você pensa em contratar um para pagar uma dívida ou comprar um bem? Existem algumas dicas que lhe ajudam a economizar. Confira, a seguir, quais são:
Faça cotações em mais de um banco
Os bancos têm a liberdade de trabalharem com a taxa de juros que quiserem, desde que tenham como base a Selic. É justamente por isso que é fácil encontrar instituições financeiras com diferentes taxas de juros.
Logo, fazer cotações e simulações em vários bancos ajudará a encontrar um com melhores taxas e condições de pagamento, conseguindo economizar. O ideal é fazer isso em, pelo menos, três bancos.
Pesquise por alternativas
Existem alternativas de empréstimos que têm taxas de juros mais atrativas. É o caso do empréstimo consignado, que tem desconto de parcelas diretamente de sua folha de pagamento.
Antes de fechar o primeiro empréstimo que encontrar, sempre faça uma pesquisa e verifique se o banco oferece alternativas com taxas mais baixas, podendo economizar no total pago.