Empréstimo do Auxílio Brasil: o que falta pra ser liberado?
Entenda o que falta para que ofertas de empréstimo consignado sejam liberadas para beneficiários do Auxílio Brasil
O empréstimo do Auxílio Brasil vem gerando expectativas e polêmicas nas últimas semanas, mas, mesmo com a aprovação do projeto no Senado, ainda falta a regulamentação da medida.
Sem a devida regulamentação, os bancos e instituições financeiras não podem oferecer empréstimo consignado com desconto nas parcelas do Auxílio Brasil. No entanto, golpistas estão se aproveitando da desinformação de alguns beneficiários.
Para entender o que ainda falta para o empréstimo do Auxílio Brasil ser liberado, continue acompanhando o texto abaixo.
O que falta para a regulamentação do empréstimo do Auxílio Brasil?
Para que o empréstimo consignado do Auxílio Brasil seja regulamentado e liberado para os beneficiários do programa, falta a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após a aprovação do projeto que estende o crédito consignado para beneficiários do programa no Congresso, a sanção estava prevista para 15 de julho, mas não aconteceu.
Com isso, a Câmara estipulou um novo prazo para que o projeto seja sancionado. Agora, o presidente tem até o dia 3 de agosto para sancionar ou vetar o empréstimo do Auxílio Brasil.
Empréstimo do Auxílio Brasil pode ser vetado
Uma das possíveis justificativas para o “atraso” na sanção do empréstimo é a pressão de entidades para que Bolsonaro vete a proposta.
Na última semana, órgãos de defesa do consumidor enviaram uma manifestação técnica ao presidente pedindo pelo veto da medida. Se Bolsonaro atender ao pedido dessas organizações, o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil não será liberado.
Para especialistas, projeto é um ‘absurdo’
A economista e coordenadora do programa de serviços financeiros do Idec, Ione Amorim, classificou o empréstimo consignado do Auxílio Brasil como um “absurdo” e uma “covardia”. Para ela, a medida irá dar mais dinheiro aos bancos às custas do endividamento dos mais pobres.
Em entrevista ao Valor Investe, Amorim destacou que o Auxílio Brasil atende uma população que vive em extrema pobreza e mal consegue se alimentar. Segundo ela, os bancos serão os únicos beneficiados com a medida.
Se for liberada, a medida permitirá que os bancos fiquem com até 40% do benefício de quem contratar o empréstimo. Com isso, os bancos irão lucrar com juros altos em cima de um auxílio que serve para que famílias pobres possam comprar o básico para sobrevivência.