Casa Verde e Amarela: Novas condições de pagamento estão sendo discutidas


A Caixa Econômica Federal deve ampliar em seis meses o tempo de carência para pagamento das parcelas do Casa Verde e Amarela. Com isso, os beneficiários do programa teriam mais tempo para quitar o financiamento dos imóveis.

A instituição já vem debatendo esta medida com o governo, e a expectativa é que o anúncio da decisão aconteça em breve. A iniciativa surge no pior momento da pandemia desde que ela chegou ao Brasil, e deve ajudar os beneficiários neste período de grave crise financeira.

O Casa Verde e Amarela foi criado para substituir o Minha Casa Minha Vida, e tem a mesma proposta do seu antecessor: oferecer crédito imobiliário com juros baixos. Dessa forma, brasileiros com baixa renda podem ter a oportunidade comprar casa própria.

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Quem anunciou a possibilidade de aumentar o período de carência do Casa Verde e Amarela foi o próprio presidente da Caixa, Pedro Guimarães. A ideia é oferecer um prazo de mais seis meses para os segurados quitarem suas parcelas.

Em evento realizado na quinta-feira (11/03), Guimarães afirmou que 2,6 milhões de famílias tiveram direito a pausas de pagamento no Casa Verde e Amarela em 2020. Ao ampliar o tempo de carência, a expectativa é que as pessoas consigam lidar com o momento de crise e mantar as parcelas do financiamento em dia.

O presidente da Caixa afirmou que o banco alcançou índice recorde em contratações de crédito imobiliário em 2020, e garantiu que não faltará para este ano. Segundo ele, foram R$ 116 bilhões em crédito no ano passado, e a estimativa para 2021 é chegar a R$ 130 bilhões. Nas próximas semanas, o banco deve anunciar uma nova linha de crédito.

Guimarães ainda afirmou que o banco pode abrir agências em até 400 cidades, podendo estar presente em todos os municípios com mais de 20 mil habitantes.

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Deputado defende atualização para uma das faixas do programa

No mesmo evento que contou com a participação do presidente da Caixa, o Summit Abrainc 2021, também esteve presente o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM).

Durante sua fala, Ramos defendeu atualizar os valores do teto para a faixa 1,5 do programa. Para o deputado, esta faixa do Casa Verde e Amarela é “o boom dos insumos da construção civil”.

O vice-presidente da Câmara afirmou que o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é um instrumento de estímulo à construção, ao saneamento e ao setor de transportes. Segundo ele, é preciso combater a tese de que o FGTS é apenas um complemento de salário para os trabalhadores.

Entretanto, muitas famílias carentes estão enfrentando dificuldades no financiamento do Casa Verde e Amarela usando o FGTS. Um dos motivos para isso é o limite do fundo em relação às condições estabelecidas para o novo programa. Isso porque uma das mudanças após o fim do Minha Casa Minha Vida foi a retirada das famílias com menor rendimento das novas faixas de preço.

Outro ponto que o vice-presidente da Câmara apontou foi sobre a ideia da criação de um código ambiental urbano. Para ele, não dá para manter em uma área urbana as mesmas regras de florestas. Ramos disse estar disposto a ser o autor deste projeto de lei.

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Faixas de pagamento do Casa Verde e Amarela

Assim como acontecia com o MCMV, o Casa Verde e Amarela tem diferentes faixas de pagamento, que variam conforme a renda bruta do solicitante. As linhas de financiamento do programa pela Caixa Econômica Federam são as seguintes:

  • Faixa 1,5 – para famílias com renda bruta de até R$ 2.000. Permite a compra de imóvel com taxas de juros de 4,5% a 5,25% ao ano. Conforme a renda e a região onde o solicitante mora, os subsídios podem ser de até R$ 47.500,00. O prazo para pagamento do imóvel é de até 30 anos;
  • Faixa 2 – para famílias com renda bruta entre R$ 2.000 e R$ 4.000. Taxa de juros de 5% a 7% ao ano, e subsídios de até R$ 29 mil dependendo da renda familiar e localização do imóvel;
  • Faixa 3 – para famílias com renda bruta entre R$ 4.000 e R$ 7.000. Taxa de juros de 7,66% ou 8,16% ao ano.

Para mais informações sobre o Casa Verde e Amarela, basta acessar a página do programa no site da Caixa.

Jornalista, ator profissional licenciado pelo SATED/PR e ex-repórter do Jornal O Repórter. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.